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A morte da garota Eloá, de 15 anos, complicou ainda mais a situação criminal de Lindemberg Fernandes Alves, de 22 anos, o ex-namorado da jovem que a manteve em cárcere privado por 101 horas. Segundo o delegado Luiz Carlos dos Santos, seccional de Santo André, Alves seria autuado em flagrante por três tentativas de homicídio, mas, agora, responderá por homicídio doloso e duas tentativas de homicídio, além de cárcere privado e periclitação de vida.

A morte cerebral de Eloá foi anunciada na noite de anteontem e a polícia diz ter certeza de que os tiros que mataram e feriram Nayara foram disparados pela arma calibre 32 de Alves. O exame do IML, no entanto, só deve ocorrer amanhã cedo.

Santos contou em entrevista coletiva que Alves, além de atirar contra Eloá e Nayara, disparou contra um sargento da Polícia Militar que coordenava as negociações na segunda-feira, dia de início do cárcere privado. O policial, no entanto, não foi atingido. O seqüestrador está preso no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros (CDP), na zona oeste da capital.

A polícia tenta descobrir agora se um tiro foi mesmo disparado por Alves no interior do apartamento de Eloá antes de o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) invadir o local. Segundo o seccional, o depoimento de Nayara é fundamental para esclarecer essa dúvida. A adolescente, que deve permanecer internada por mais dez dias, será ouvida quando obtiver alta. "Ela pode esclarecer várias dúvidas, principalmente em relação a forma como ele agiu, a decisão que tomou em dar o tiro." Assim que ela for ouvida será feita a reconstituição do crime.

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