Rebelião na Penitenciária Estadual de Piraquara II| Foto:

Terminou nesta segunda-feira (15) a reunião do Departamento de Execução Penal, da Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) do Paraná, que ocorria desde domingo (14), a fim de traçar estratégias para acabar com os motins no estado. Na última sexta-feira (12), foi registrada na Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP II) a 20.ª rebelião em penitenciárias do Paraná dos últimos dez meses. Por motivos de segurança, a secretaria decidiu não revelar as medidas que serão adotadas. As ações só serão anunciadas nas próximas semanas, depois de implantadas.

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No último motim, que durou 25 horas, foram feitos nove reféns, sendo dois agentes penitenciários e sete presos. Ao todo, 43 detentos foram transferidos e ninguém foi ferido. De acordo com o governo do estado, ainda não há informações sobre os reais motivos da rebelião. Por isso, segundo informações da Seju, a Polícia Civil criou uma comissão de investigação que irá apurar com agentes e presos qual a causa do motim.

No sábado (13), o governador Beto Richa (PSDB) disse estar "muito preocupado" com os conflitos e insinuou que é "muita coincidência" que as rebeliões estejam acontecendo em ano eleitoral. "Estamos tentando encontrar uma razão para essas rebeliões em série. Isso não é coincidência. É coisa programada", afirmou.

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No balanço parcial de estragos causados na PEP II, aproximadamente 50 colchões foram queimados e cerca de cinco camas foram destruídas. Segundo informações da Seju, a Secretaria de Estado da Infratestrutura e Logística (Seil) deve apresentar um relatório completo dos estragos em 15 dias. Até lá, os detentos que tiveram camas ou colchões destruídos terão de dormir no chão.