Um debate na Câmara de São Paulo que previa uma discussão para buscar “soluções para o conflito entre taxistas e o Uber” serviu para divulgar os aplicativos de carona e serviços alternativos de transporte individual na cidade.
Vereador apresenta projeto para regularizar Uber em São Paulo
Prefeitura da cidade considera prática ilegal e já apreendeu mais de 70 carros que atendem pelo aplicativo neste ano
Leia a matéria completaIsso porque os convidados que representam taxistas não compareceram ao evento, organizado pelo vereador José Police Neto (PSD), único parlamentar a votar contra um projeto que proíbe aplicativos de transporte particular como o Uber.
O texto, aprovado em junho passado, irá a segunda votação no próximo dia 9.
Motivo de conflitos em vários países, o Uber foi regulamentado no México há cerca de duas semanas.
No último dia 8, um motorista que atua por meio do aplicativo foi sequestrado e agredido em São Paulo.
Para os taxistas, trata-se de concorrência desleal, já que os motoristas do Uber atuam sem pagar os mesmos impostos que eles, e são meio de transporte clandestino, já que não têm licença para atuar.
Por e-mail, o representante do aplicativo 99 Táxi, que conecta os taxistas a passageiros, declinou do convite e pediu à Câmara que o nome da empresa não fosse nem sequer mencionado no evento.
Também convidada, a Adetax (associação das empresas de táxi) também comunicou a assessoria de Police Neto que não participaria.
A prefeitura vem fazendo operações para coibir a atuação de motoristas do Uber dizendo que o serviço não é regulamentado. Veículos que forem flagrados podem ser apreendidos.
O argumento de Police para pedir a regulamentação é que o Plano Diretor aprovado no ano passado previa a criação de políticas de compartilhamento de veículos.
“A Uber é tecnologia a serviço do cidadão. É uma resposta à necessidade de transformar o carro de um problema numa solução”, disse Daniel Mangabeira, diretor de políticas públicas do Uber no Brasil, durante o evento.
Também participaram do debate Felipe Barroso, representante da Zazcar - aplicativo de locação de carros por hora sem intermediação de terceiros - e Márcio Nigro, diretor do, aplicativo de caronas que estimula o compartilhamento de carros. Ambos defendem o estímulo de novas modalidades de transportes na cidade.
O professor Paulo Furquim Azevedo, do Insper, também compôs a mesa. Ele está fazendo um estudo para regulamentação dos aplicativos de transporte. Ele argumentou que é possível haver uma convivência pacífica entre taxistas e motoristas.
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