A Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp) avalia a possibilidade de usar celas modulares e de colocar tornozeleiras eletrônicas em 750 presos para diminuir o problema de superlotação de detentos nas carceragens de delegacias de Curitiba. As propostas foram apresentadas em reunião realizada com o Ministério Público do Paraná (MP) na quinta-feira (18). O órgão cobra da Sesp o esvaziamento das carceragens da capital.
Durante a reunião, a pasta informou que está em estudo o uso das celas modulares como alternativa para colocar os presos que estão em situação de superlotação – estratégia já utilizada no Paraná nas duas gestões de Roberto Requião, tanto para alocar detentos durante reformas nas penitenciárias quanto para resolver, à epoca, o problema da superlotação nas delegacias da Região Metropolitana de Curitiba. Ainda na primeira gestão de Requião, em 2005, cada cela feita de concreto monobloco, para doze presos, custava cerca de R$ 1,6 mil ao mês. Desta vez, a Sesp informou que a estratégia ainda está em estudo e que não se sabe quantas celas serão providenciadas e a que custo.
Outra medida sugerida pelo secretário de Segurança Pública, Wagner Mesquita, foi a retirada de 750 presos do sistema penitenciário para cumprirem a pena com tornozeleiras eletrônicas. De acordo com a Sesp, isso depende de uma ação conjunta entre a pasta, o MP-PR e o Poder Judiciário, para que as vagas sejam abertas no sistema penal e, com isso, os detentos das delegacias sejam transferidos para o sistema penal. A secretaria tem autorização para utilizar cinco mil equipamentos eletrônicos, mas, de acordo com o portal da Transparência na Gestão Carcerária, são usadas 858 tornozeleiras.
O secretário ainda reafirmou que possui verba liberada pelo governo federal para a construção dos novos presídios e ampliação dos já existentes no estado. As obras estão atrasadas, segundo a Sesp, devido a readequação dos projetos, mas a previsão é que os trabalhos comecem no segundo semestre de 2015.
Cobrança
A reunião foi agendada após o MP entregar recomendações administrativas à Sesp para que retirasse os presos das delegacias, devido à superlotação e aos desvios de função que passam os policiais civis e militares. Somente em Curitiba, Região Metropolitana e Litoral, de acordo com o site da Transparência na Gestão Carcerária, são 953 presos nas delegacias, para 539 vagas. No 1° Distrito Policial (1.º DP) de Curitiba, o Conselho da Comunidade na Execução Penal da Comarca de Curitiba constatou na terça-feira (16) que 42 presos eram mantidos em espaço para oito pessoas. Eles tinham que defecar na marmita por falta de banheiro.
Antes do encontro, o pedido do MP era para que a secretaria apresentasse um cronograma para a retirada dos detentos dos distritos. Caso isso não acontecesse, havia a possibilidade de o órgão entrar com uma ação na Justiça contra a Sesp. De acordo com o MP, uma nova reunião ficou agendada para daqui duas semanas, sem data definida. Neste novo encontro, a Sesp deve ser questionada sobre a manutenção dos presos em delegacias e cobrada sobre as propostas apresentadas.
Divergência
De acordo com o Ministério Público, outro ponto que teria sido levantado pela Sesp foi o comprometimento de que não receberia mais presos nas delegacias. Por meio da assessoria de imprensa, entretanto, o secretário Wagner Mesquita informou que não houve esse comprometimento.
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento
Premiê de Assad concorda em entregar poder a rebeldes da Síria
EUA alertam que Estado Islâmico pode tentar “tirar vantagem” da situação na Síria
Segurança pública de São Paulo enaltece recorde histórico de redução de crimes
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora