Para a Urbs, empresa que administra o transporte coletivo em Curitiba e região, e também para o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) e para a Procuradoria do Trabalho, a greve dos motoristas e cobradores continua - pelo menos tecnicamente.

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Isso porque os três setores ainda não foram comunicados oficialmente do fim da greve pelo Sindicato dos Motoristas e Cobradores nas Empresas de Transporte de Passageiros (Sindimoc). "A previsão é que todos sejam comunicados ainda hoje", disse Denílson Pires, presidente do Sindimoc.

As lotações - habilitadas pela Urbs para fazer o transporte de passageiros - continuam trabalhando durante a manhã desta quarta-feira, mas assim que for comunicada do fim da paralisação a Urbs vai suspender o serviço emergencial - como informou a assessoria da empresa.

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Para o Setransp, o Sindimoc terá que convocar uma assembléia com os trabalhadores para decretar oficialmente o término da greve - mesmo procedimento adotado para deflagrar a paralisação.

PrejuízosO prejuízo com 180 ônibus depredados, segundo o Setransp, ainda não foi calculado (deve ser divulgado até o fim do dia), mas o sindicato informou que na madrugada desta quarta-feira os reparos já começaram. A conta será paga pelas empresas, mas um assessor do Setransp, que preferiu não se identificar, já informou que a conta irá para o Sindimoc. "Vamos pagar porque é de nossa (Setransp) responsabilidade, mas iremos buscar todas as medidas cabíveis para que os vândalos paguem por esta conta", disse.

Perguntado se essa conta pode sobrar para os passageiros, ou seja, aumento da tarifa, o assessor informou que o custo do reparo não tem nada a ver com o consumidor. "Quem vai pagar são as pessoas que depredaram os ônibus, não os cidadãos", ratificou.

O presidente do Sindimoc, Denílson Pires, foi procurado pela reportagem para comentar o possível pagamento do prejuízo causado durante a greve, mas um funcionário do sindicato informou que Pires estava em uma reunião. Os diretores do sindicato fazem reuniões para saber o que fazer com o movimento.

Em relação ao prejuízo causado pelo vandalismo em terminais, tubos e pontos de ônibus, o Setransp informou que a conta é da Urbs. A assessoria da empresa por sua vez disse que os prejuízos (floreira decorativa e duas cabines de fiscalização do terminal do bairro Capão Raso foram arrancadas) são mínimos e serão reparados por uma equipe da prefeitura.

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Acaba a greve dos motoristas em Curitiba e região