Agricultores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam na madrugada deste domingo mais seis propriedades rurais na região metropolitana do Recife, e Zona da Mata Norte e Sul. A jornada do MST deste mês de março, que até agora resultou na instalação de 26 acampamentos em fazendas e engenhos de Pernambuco, evolve a participação de 3.900 famílias.
Entre as novas áreas ocupadas estão os engenhos Cachoeira de Dantas, no município de Gameleira e Pimentel, na cidade do Cabo de Santo Agostinho. Segundo informações da assessoria do MST, a ação dá prosseguimento à jornada de luta pela terra, iniciada pelo movimento no último final de semana, para exigir do poder público maior agilidade na desapropriação de imóveis improdutivos. O movimento também quer lembrar os 10 anos do massacre de 19 trabalhadores rurais em Eldorado dos Carajás, no Pará.
Nesta sexta-feira, cerca de 500 trabalhadores sem-terra ligados ao MST invadiram a fazenda Rio Vermelho, no município de Sapucaia, no Sudeste do Pará, com a intenção de pressionar o Incra a acelerar a reforma agrária no município.
Com cerca de 26 mil hectares e 130 mil cabeças de gado, a fazenda começou a ser ocupada pelos sem-terra por volta de meio-dia de sexta-feira, quando as primeiras cercas começaram a ser derrubadas. A polícia militar foi acionada, mas preferiu aguardar decisão da Justiça sobre a reintegração de posse, que já foi pedida pelos advogados dos donos da fazenda.
Em São Paulo, cerca de 200 integrantes MST ocuparam um fazenda em Ribeirão Preto na manhã deste sábado. A área invadida pertence ao Banco do Brasil. Na próxima semana, os integrantes do movimento pretendem se reunir com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e com o banco para tentar incluir a fazenda na Reforma Agrária.
No Rio Grande do Sul, os manifestantes não cumpriram um acordo feito com a polícia para deixar a fazenda dos Coqueiros, em Coqueiros do Sul (RS). Eles apresentaram um documento à PM pedindo o arrendamento de cinco fazendas vizinhas à Fazenda dos Coqueiros.
A Polícia não aceitou negociar e posicionou as tropas, obrigando os sem-terra a desocuparem então a fazenda. Durante a desocupação, três militantes foram presos.
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