O bloqueio do celular no interior de São Paulo gera prejuízo para a população. Os órgãos de defesa do consumidor dizem que os pedidos de reparação serão analisados caso a caso. Em Presidente Venceslau, as antenas das três operadoras funcionam bem no centro da cidade. Chamar uma ambulância ficou mais difícil e o movimento dos taxistas caiu pela metade, já que boa parte das chamadas era feita pelo celular.- A cidade é pequena, tem 39 mil habitantes. Sem celular perdemos metade das corridas - diz um taxista.

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Segundo os órgãos de defesa do consumidor, a medida judicial que bloqueou o sinal de celular em áreas próximas aos presídios de seis cidades, estabeleceu que neste momento o interesse coletivo de segurança está acima do interesse individual de usar o celular.

O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) acredita que somente em casos especiais o consumidor possa conseguir indenização.

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- São casos como a impossibilidade de pedir socorro, situações de risco de vida, de prejuízos financeiros, que inviabilizem a manutenção da família - afirma Daniela Trettel, do Idec.

- Mas não há como assegurar que a causa será ganha, já que as operadoras estão cumprindo determinação judicial - diz Trettel.

Para o bolso do consumidor, o prejuízo será ainda maior. As operadoras devem continuar cobrando o mesmo valor dos planos de serviços. Elas podem alegar que como o telefone é móvel, os usuários podem usar o aparelho em áreas onde o sinal não esteja bloqueado. A decisão vai depender de um acordo entre as operadoras e a Anatel, a agência que regulamenta as telecomunicações no país.

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