O Conselho de Ética incluiu mais dois deputados no corredor da cassação nesta quinta-feira. Pela manhã, foi preciso o voto de minerva do presidente do Conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), para que fosse aprovado o relatório de Nelson Trad (PMDB-MS) que pede a cassação do deputado Roberto Brant (PFL-MG). Pela primeira vez, a votação ficou empatada em 7 a 7, e Izar decidiu acompanhar o relator.
Brant, que foi ministro da Previdência no governo FH, pode ser cassado porque não declarou na Justiça eleitoral os R$ 102,8 mil que admitiu ter recebido da SMPB, empresa de Marcos Valério Fernandes de Souza.
Poucas horas depois, foi a vez de o Conselho de Ética votar o parecer de Pedro Canedo (PP-GO) que recomenda a cassação de Professor Luizinho (PT-SP). O relatório recebeu 9 votos favoráveis e 5 contra. O deputado petista foi incluído no relatório das CPIs dos Correios e do Mensalão porque um ex-assessor de seu gabinete recebeu R$ 20 mil das contas do empresário Marcos Valério em 2003.
Ao fazer sua defesa, o deputado disse que em nenhum momento tomou conhecimento da intermediação dos recursos do PT para os vereadores do interior de São Paulo. Emocionado, o petista citou a mãe e disse que não intermediou nem deu autorização ao ex-assessor José Nilson para receber dinheiro do valerioduto.
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