A Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo (Acrimesp) vai pedir ao Ministério Público a abertura de um inquérito para apurar as condições em que Suzane von Richthofen ficou presa em uma sala do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em São Paulo, antes de ser transferida para a Penitenciária Feminina Sant'Ana, na capital. Suzane se entregou na noite de segunda-feira e só no início da noite de ontem foi transferida para um presídio.
- Se não havia lugar em alguma penitenciária para transferi-la, ela, no mínimo, deveria ter sido encaminhada para uma sala, onde pudesse deitar, se alimentar e descansar - afirmou Ademar Gomes, presidente do Conselho da Acrimesp.
Gomes afirmou que o tratamento dado à Suzane no DHPP - ficar algemada e presa a uma parede - configura crime de tortura. Em entrevista ao jornal 'Folha de S.Paulo', o delegado José Masi informou que, da algema de Suzane, partia uma argola de ferro, presa à parede.
- Não se pode admitir barbaridades - afirmou Gomes.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que Suzane não foi encaminhada a uma cela porque a carceragem do DHPP é masculina. Além disso, como ela se entregou à noite, não havia tempo hábil para transferência para um presídio administrado pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).
A Secretaria informou ainda que manter os presos algemados é uma norma que garante a integridade física do próprio detento, já que, numa situação de desespero, ele pode atentar contra a própria vida. No caso de Suzane, o DHPP havia dito que ela estava sedada e tinha dificuldades até para falar no momento da prisão.
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