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Os ministérios da Justiça e das Relações Exteriores vão negociar com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos a convocação dos pilotos do jato executivo Legacy que, em setembro de 2006, chocou-se com o Boeing 737-800 da Gol, matando 154 pessoas. A afirmação é dos deputados Marcelo Castro (PMDB-PI) e Marco Maia (PT-RS), respectivamente, presidente e relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão da Câmara.

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A PF indicou os pilotos do jatinho, os americanos Jan Paul Paladino e Joseph Lepore, como os responsáveis pela tragédia.

No início da noite de quinta, os parlamentares se reuniram com o ministro da Justiça, Tarso Genro, e com o secretário nacional de Justiça, Antônio Carlos Biscaia, para apresentar o pedido de convocação dos pilotos.

Segundo o presidente da CPI, embora tenham pedido a intervenção do ministério na convocação, não está descartada a hipótese de um grupo de deputados viaje aos Estados Unidos para tomar o depoimento dos pilotos.

Sobre a possibilidade de ser pedida a prisão preventiva dos pilotos, caso eles venham ao Brasil para depor, o presidente da CPI afirmou que isso também vai ser negociado. Segundo o deputado Marco Maia, a legislação garante que os pilotos não serão importunados. A lei prevê que ninguém é preso se não for em flagrante delito. E o caso deles não é esse. Eles têm endereço certo e estariam vindo depor em uma situação de acordo entre governos dos dois países.

Maia disse acreditar que a audiência seria uma oportunidade para Lepore e Paladino se defenderem das acusações feitas pela PF.

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Em depoimento na CPI do Apagão, na quinta-feira, o presidente da comissão da Aeronáutica que investiga o acidente com o Boeing da Gol, coronel Rufino Ferreira, reiterou na quinta-feira que houve falhas no procedimento dos controladores de vôo e dos pilotos do jato Legacy - principalmente nos procedimentos relativos à checagem do plano de vôo e à falta de comunicação entre o jatinho e os controladores no período que precedeu o acidente.

Nesta quinta, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou substitutivo ao projeto de lei que permite às CPIs requererem prisão preventiva dos investigados , em qualquer fase dos trabalhos.

Também na quinta-feira, o Senado instalou a sua CPI do Apagão, também com objetivo de investigar a crise no setor aéreo.