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O vereador João Cláudio Derosso (PSDB) afirmou nesta segunda-feira (7) que será o candidato a vereador mais votado de Curitiba nas eleições municipais deste ano. Derosso, porém, corre o risco de não poder disputar o pleito, pois, na noite desta segunda-feira (7), corre o risco de ser expulso do partido, o que invibializaria a candidatura. A declaração do vereador foi dada nesta manhã, logo após o término na sessão plenária.

A reunião das executivas estadual e municipal do PSDB acontece na noite desta segunda-feira, a partir das 19 horas, para decidir se o ex-presidente da Câmara Municipal será expulso ou não da legenda. Se Derosso for expulso, perderá o mandato de vereador e não poderá se candidatar em outubro, pois a legislação eleitoral determina que o político que pretende se candidatar precisa estar filiado a um partido há pelo menos um ano antes do pleito.

O parlamentar poderá ainda optar por deixar o PSDB voluntariamente, antes de uma deliberação dos colegas de sigla. Nesse caso, Derosso manteria o cargo de vereador até o fim desta legislatura (31 de dezembro de 2012), mesmo ficando sem partido.

Em entrevista à Gazeta do Povo, porém, Derosso afirmou que não irá deixar o PSDB e que não comparecerá à reunião da legenda nesta noite. Se for expulso da legenda, o vereador disse que irá recorrer da decisão.

Durante a inauguração oficial da Unidade Paraná Seguro, no bairro Parolin, em Curitiba, na manhã desta segunda-feira (7), o governador Beto Richa comentou as denúncias envolvendo Derosso. "O partido entendeu por bem se reunir para tomar uma medida em relação àqueles filiados que estão envolvidos nessas denúncias. Eu acho que faz parte de um partido que pratica a democracia, e de um partido que quer estar fortalecido nas eleições deste ano", disse o governador.

Richa disse ainda que não estará presente na reunião do PSDB na noite desta segunda-feira. Segundo o governador, ele já está há algum tempo licenciado da presidência do partido para não atrapalhar o PSDB, já que está "concentrando as energias e o tempo para governar o Paraná".

Acusações

Derosso é acusado de ter direcionado uma licitação de publicidade da Câmara Municipal, em 2006, para a contratação da empresa Oficina da Notícia, que é de propriedade da jornalista Cláudia Queiroz – mulher de Derosso.

Diante do desgaste, dos indícios de irregularidade e do pedido do MP de afastamento, Derosso se licenciou da presidência por 90 dias no ano passado. Em fevereiro deste ano ele acabou por pedir a renúncia da presidência.

O ex-presidente da Câmara também é suspeito de ter contratado cinco funcionários fantasmas na Casa.

Por esse motivo, o Ministério Público do Paraná requereu judicialmente o bloqueio de bens de Derosso e outros suspeitos. O órgão quer garantir a devolução de R$ 3,6 milhões aos cofres do Legislativo municipal e eventual pagamento de multa.

Outra acusação é de nepotismo. Noêmia Queiroz Gonçalves dos Santos (sogra de Derosso) e Renata Queiroz Gonçalves dos Santos (cunhada do vereador) foram contratadas pela Câmara Municipal no período em que Derosso era o presidente da Casa – o que configura nepotismo, de acordo com o Ministério Público.

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