O advogado Nélio Machado, que defende o desembargador federal José Ricardo de Siqueira Regueira, um dos presos na Operação Hurricane da Polícia Federal (PF), disse que o magistrado é investigado pelo crime de formação de quadrilha no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre exploração de jogo ilegal, tráfico de influência e corrupção. Regueira foi um dos 25 presos na operação.

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Nesta terça-feira (17), Machado examinou rapidamente a investigação. Disse que os outros dois clientes dele, o presidente da Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), Ailton Guimarães Jorge, o capitão Guimarães, e o sobrinho, Júlio Guimarães, são investigados pelo mesmo crime. Segundo ele, Júlio é citado, também, por envolvimento com o crime organizado.

O advogado não quis dar mais detalhes sobre o caso, mas voltou a defender a libertação do desembargador, que chamou de "desnecessária". Ele pediu o relaxamento da prisão ao STF.

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"Eu não li tudo porque é impossível, nesse espaço curto de tempo, que tivesse lido. Mas reafirmo que a prisão dele é desnecessária, descabida e abusiva. Substitui a apuração por uma punição antecipada", declarou.

Machado também desqualificou a operação da PF em que os agentes apreenderam dinheiro na casa de Júlio Guimarães. Disse que não é crime guardar dinheiro e que, posteriormente, isso será melhor esclarecido.

Ministro autorizou acesso ao inquérito

Após a decisão do relator da investigação, ministro Cezar Peluso, que autorizou o acesso dos advogados ao inquérito, aqueles que já tinham entrado com petições no STF solicitando cópias do material levaram disquetes com cópias do material.

Segundo Machado, os advogados assinaram um termo de compromisso comprometendo-se a não revelar o conteúdo do processo. "O que a PF não fez nós faremos. Há sigilo reservado e a abertura de vista ao advogado se deu em contrapartida a um compromisso de não revelação do conteúdo da documentação examinada", finalizou.

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Muitos profissionais deixaram o Supremo reafirmando a inocência de seus clientes. "Contra ele não tem nada", disse o advogado Ubiratan Guedes, referindo-se ao cliente dele, o presidente de honra da Beija-Flor, Aniz Abrahão David, o Anísio.