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A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nesta sexta-feira (15), durante entrevista coletiva, que uma possível CPI no Senado pode prejudicar a captação de investimentos para a Petrobras. Ela disse ainda que o Conselho de Administração da empresa não analisou a mudança do regime contábil da empresa, porque essas questões são aprovadas pela diretoria executiva da estatal.

Questionada se a criação da CPI atrapalha na atração de investidores para a Petrobras, a ministra disse que sim. "Sem dúvida. O que o investidor acha de uma empresa na CPI?", argumentou.

Ela salientou ainda que não há motivos para questionar a contabilidade da empresa, porque ela tem ações na Bovespa e na Bolsa de Nova Iorque e atende aos mais rígidos controles contábeis dos Estados Unidos.

"Eu acho que a Petrobras é maior empresa brasileira e no momento de crise internacional ela é auditada pela CVM [Comissão de Valores Mobiliários], ela também é auditada pela Bolsa de Nova Iorque, ela é uma empresa que talvez adote o regime mais estrito de contabilidade", disse.

A ministra disse que a decisão de mudar o regime contábil, que permitiu à estatal reduzir o recolhimento de impostos em mais de R$ 4 bilhões, foi uma decisão da direção executiva da empresa.

"Essa é uma decisão da diretoria executiva e não do Conselho de Administração. A decisão sobre regime fiscal não é própria do Conselho", afirmou. Ela negou ainda que tenha sido consultada sobre a mudança e evitou dar sua opinião sobre o tema.

"Tem que apresentar e discutir. É questão técnica. Mas, ao que tudo indica, não tem nenhuma irregularidade", disse.

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