• Carregando...

O vice-presidente do grupo Camargo Corrêa, Eduardo Hermelino Leite, passou mal no início da noite desta sexta-feira (21) dentro da carceragem da sede da Polícia Federal em Curitiba, no bairro Santa Cândida, e precisou de socorro médico. Ele deu entrada por volta das 19h30 no Hospital Santa Cruz, no bairro Batel, em crise hipertensiva, segundo informações da assessoria de imprensa do centro hospitalar. O executivo, preso desde sexta-feira (14) em decorrência da 7ª fase da operação Lava Jato, está estável e não há previsão de alta. Ele é um dos 13 presos na superintendência da Polícia Federal investigado por suspeita de participação em um esquema de fraude em licitações na Petrobras.

Por telefone, a informação repassada à imprensa é que Eduardo Leite foi medicado assim que deu entrada no hospital e passará a noite internado. Os médicos preveem realizar exames cardiológicos na manhã dessa sábado (22). Após isso, o Hospital Santa Cruz deve divulgar um Boletim Médico com detalhes do quadro de saúde do paciente. O hospital não soube informar se o executivo já tinha histórico de hipertensão.

Eduardo Hermelino Leite está preso em Curitiba em decorrência da investigação sobre a possibilidade de formação de cartel por grandes empreiteiras do país para fraudar a concorrência de contratos com a Petrobras e o pagamento de propina para políticos, dirigentes da estatal e empresários. O grupo Camargo Corrêa, que tem 67 empresas e 65 mil funcionários, faturou R$ 25,8 bilhões no ano passado.

Leite foi preso na sexta-feira passada com outras 17 pessoas. Na oportunidade, o advogado dele, Antonio Claudio Mariz de Oliveira, afirmou que o executivo estava de licença da Camargo Corrêa por problemas de saúde. Reportagem da Folha de S.Paulo revelou que Eduardo Leite é citado pelo doleiro Alberto Youssef em conversas e mensagens interceptadas na Operação Lava Jato. Pelo teor das mensagens, o vice-presidente da Camargo Corrêa seria um dos executivos mais próximos do doleiro - Youssef refere-se a Leite como "leitoso" e reclama de "atrasos" de pagamentos da empreiteira.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]