A coligação O Brasil Pode Mais e o candidato à Presidência José Serra (PSDB) ingressaram na tarde desta terça-feira (19) com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo direito de resposta não inferior a um minuto no programa da adversária, Dilma Rousseff (PT).

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Os advogados de Serra argumentam que a propaganda da petista teria sugerido "que haveria um caixa dois na campanha tucana". O G1 entrou em contato com o advogado da coligação petista e aguarda resposta. A relatora o caso é a ministra Nancy Andrighi.

Na representação, os advogados de Serra defendem que a "mera sugestão" feita pelo programa da candidata petista já "seria mais do que suficiente para a imediata suspensão da propaganda".

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A denúncia feita pela campanha de Dilma se refere à atuação de Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, que era o responsável por um orçamento de R$ 6 bilhões destinados para obras do Rodoanel e do Metrô. Ex-diretor de engenharia da Dersa, estatal responsável por algumas das principais obras do governo de São Paulo, ele é apontado pelo PT como responsável por um suposto caixa dois da campanha de Serra à Presidência.

"Além de constituir um grave ilícito eleitoral, o "caixa dois" constitui crime previsto no Código Penal, de maneira que a atribuição de sua prática à campanha de Serra é, por ser mentirosa, inaceitável e ilícita", dizem os advogados do tucano na representação.

A representação argumenta ainda que a campanha da petista afirmou José Serra negou, no dia 11 de outubro, o sumiço do dinheiro e disse não conhecer o acusado. No entanto, no dia 12 teria dito que conhecia Paulo Preto e que ele "era inocente".

A defesa de Serra afirma que, ao ser indagado a respeito de "Paulo Preto", o candidato tucano realmente negou conhecê-lo, "pela simples razão de que desconhecia o preconceituoso apelido pespegado ao senhor Paulo Vieira de Souza, pela razão de ser afro-descendente".

Segundo a defesa, Serra reconheceu ter informações sobre quem era a pessoa mas negou ter conhecimento de desvio de dinheiro. "A propaganda faz uma construção maldosa e distorcida de fatos e reportagens", diz a representação.

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