O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, reiterou neste domingo (19) que, ou a adversária Dilma Rousseff (PT) "como dirigente, não é capaz" ou "é cúmplice" do suposto esquema de corrupção e tráfico de influência na Casa Civil. "Não há uma terceira hipótese", afirmou. Segundo o candidato tucano, se Dilma desconhecer o "esquema que dura quatro, cinco, seis ou sete anos" estando à frente da Casa Civil, "então ela não tem capacidade de dirigir".

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Questionado se é possível reverter os resultados das pesquisas de intenção de voto que apontam vitória da candidata petista à Presidência duas semanas antes das eleições, Serra respondeu "não há o que reverter". "A partida é para ser jogada em 3 de outubro, não é um campeonato", disse. Serra participou de caminhada na bairro de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, acompanhando pelo candidato do PSDB ao governo do estado, Geraldo Alckmin, e pelo prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab (DEM).

O candidato tucano afirmou que a solução para as comunidades mais pobres do Brasil é transformá-las em bairro. "Foi o que nós fizemos aqui. Quando eu entrei na Prefeitura havia quatro escolas, sendo duas de lata. Hoje são 14 escolas e uma escola técnica", afirmou. Segundo Serra, o bairro conta hoje com iluminação, saneamento básico e pavimentação. "Com isso, as comunidades vão virando bairro", disse, acrescentando que as pessoas não podem morar em áreas de risco.

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De acordo com o candidato, o bairro passará a contar com metrô, além da avenida perimetral. "Não posso fazer merchandising, mas uma das maiores lojas que vendem televisão e geladeira tem um faturamento muito grande aqui." Ele afirmou também que boa parte da população de Paraisópolis trabalha no local.

Perguntado sobre a suposta exploração da imagem de Paraisópolis pelo PT, Serra respondeu que "eles fazem isso com tudo". "Fizemos tudo aqui em Paraisópolis. É normal que a gente venha onde faz muita coisa", afirmou.

Habitação

Em relação à habitação, Serra ressaltou que os esforços têm de ser direcionados para famílias que ganham menos de três salários mínimos. "Não é o que está acontecendo agora no governo federal." Segundo ele, 90% do programa de habitação paulista são direcionados para famílias com renda de até três salários mínimos, segmento que concentra "grande parte do déficit habitacional de São Paulo e do Brasil".

Durante a caminhada, Serra conversou com moradores, tomou cafezinho e chegou a dar uma tacada de sinuca em estabelecimentos no bairro.

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Alckmin também ressaltou que Paraisópolis é um bom exemplo de urbanização, incluindo pavimentação das ruas, retirada de famílias de áreas de risco, construção de escolas e assistência médica por meio das Amas (Assistência Médica Ambulatorial).