A servidora Adeildda Leão dos Santos, do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), suspeita de participação no vazamento de dados do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e de outros políticos tucanos, disse que seu computador na agência da Receita Federal em Mauá (SP) "era acessado também por outros funcionários". Em nota oficial, em que apresenta sua versão em 27 linhas, Adeildda relata que a senha da máquina ficava anotada em sua agenda que deixava sobre a mesa ou na gaveta com o cartão da certificação digital.
"Não via problema em outras pessoas usarem o computador, pois confiava e não consigo enxergar maldade em meus colegas", assinala. A investigação da Receita indica que o acesso aos dados de Eduardo Jorge ocorreu no computador de Adeildda, com uso da senha da analista tributária Antônia Aparecida Neves Silva. As duas trabalhavam na Agência Mauá, foco do escândalo.
Há 23 anos na carreira Adeildda afirma que "jamais agiu ou contribuiu para a quebra de sigilo fiscal de nenhum contribuinte seja ele político, famoso ou não". Diz que nunca foi filiada a nenhum partido político e nem a nenhuma entidade sindical. "Não tenho predileção partidária. Até ser intimada, não sabia quem era o senhor Eduardo Jorge." Disposta a colaborar com as investigações, ela abriu mão de seu próprio sigilo. "Coloco desde já minhas contas bancárias à disposição da Polícia Federal abro meu sigilo fiscal e telefônico."
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