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Diferentemente do que aconteceu no rádio, os primeiros programas eleitorais de televisão dos candidatos ao governo do Paraná, que foram ar no início da tarde desta quarta-feira (20), estiveram mais focados em biografias e propostas do que em críticas aos adversários.

O atual governador, Beto Richa (PSDB), falou sobre o programa Mãe Paranaense, que atende a gestantes do estado. Ele utilizou a história de uma gestante diabética de Telêmaco Borba, que, segundo o programa, não recebera atendimento apropriado antes do programa. Richa também veiculou imagens de uma caminhada em que o colega e candidato à Presidência, Aécio Neves, defendia sua candidatura à reeleição. O tucano aproveitou, ainda, para falar que é o primeiro nas intenções de votos, segundo a pesquisa Datafolha* divulgada na semana passada, e disse que pode vencer no primeiro turno.

No programa de rádio, levado ar às 7h, Beto Richa havia criticado a gestão anterior, chamando de "caos" a situação em que o estado se encontrava quando assumiu em 2010. Ele também afirmou que, durante o seu governo, o Paraná sofreu um boicote sistemático do governo federal, por meio do bloqueio de verbas e empréstimos ao estado.

Requião e Gleisi

A pesquisa também foi citada por Roberto Requião (PMDB), tanto no rádio quanto na televisão. Na TV, Requião voltou a tocar na questão dos preços da energia elétrica e da água, já citadas no rádio como resultado de má gestão, mas de forma mais propositiva: prometeu congelar a conta de água no estado pelos quatro anos de mandato.

O candidato disse, também, que havia 44 hospitais que estavam funcionando adequadamente no seu governo e que agora estão "funcionando precariamente ou parados". Ele disse que as unidades voltarão a atender em boas condições. Requião também apresentou o programa da polícia comunitária para garantir maior segurança nos bairros.

Gleisi Hoffmann (PT) aproveitou o seu programa de televisão, com muitos clipes e jingles, para apresentar sua biografia, com foco na vida política. Já no rádio, ela havia dito que a escolha do governo estava entre "o candidato do atraso, o candidato do continuísmo e a candidata da mudança".

A petista destacou, em seu programa televisivo, que foi autora da lei que acabou com o 14º e 15º salários de deputados e senadores. A única crítica tecida pela candidata foi direcionada à atual gestão, que, segundo ela, "procura desculpas para justificar suas incompetências".

Outros candidatos

Geonísio Marinho (PRTB), que não entregou seu programa de rádio a tempo, aproveitou o programa de televisão para se apresentar, citando inclusive seu hobby, a corrida. O candidato do PSTU, Rodrigo Tomazini, cujo programa de rádio também não foi ao ar nesta manhã, afirmou que seu programa de governo será voltado para a classe trabalhadora e prometeu, entre outras coisas, acabar com o pedágio.

Assim como no rádio, o programa do PSOL – que tem Bernardo Pilotto como candidato ao governo do estado – para a televisão é padrão e mostra imagens de várias televisões com mensagens diversas, como "não nos representa", "falsa publicidade" e "nós podemos tomar partido".

Ogier Buchi (PRP) e Túlio Bandeira (PTC) optaram por utilizar o mesmo programa tanto para o rádio quanto para a televisão. Buchi declarou-se como a "opção da mudança", enquanto Bandeira disse conhecer as necessidades dos homens do interior, "desde o mais humilde até os grandes empresários" por ser também do interior do estado.

Pesquisa

* A pesquisa, encomendada pela RPC TV e pelo jornal "Folha de S. Paulo", foi realizada entre os dias 12 e 14 de agosto. Foram entrevistados 1.226 eleitores em 46 municípios do estado. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de três pontos prevista. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) sob o número 00014/2014 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00358/2014.

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