Curitiba foi palco de um novo protesto contra o presidente Michel Temer (PMDB) nesta quinta-feira (22). Desta vez, os manifestantes se concentraram na Praça Santos Andrade, no Centro da capital, para pedir a saída dele da presidência e em apoio à mobilização nacional convocada pela Central Única de Trabalhadores (CUT). De lá eles saíram em passeata em direção à Boca Maldita, tradicional local de manifestações políticas na capital, onde um palco foi montado. Também participam do ato as Frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo e Cultura Resiste. Segundo observação da reportagem da Gazeta do Povo, há cerca de 700 pessoas participaram da manifestação. A Polícia Militar (PM) não fez estimativa de público e disse que acompanhará o ato à distância.
A novidade desta vez é que, após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter virado réu pela Operação Lava Jato, surgiram faixas com os dizeres “Lula 2018” e “Fora, Moro”, em referência ao juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância. O grupo também pede uma consulta popular sobre quem deve estar a frente da Presidência da República após o impeachment de Dilma Rousseff (PT) em agosto.
Junto com o grupo de manifestantes, cerca de 20 jovens mascarados carregavam uma faixa do ANTIFA, grupo anti-fascista europeu.
O protesto chegou à Boca Maldita por volta das 20h10, momento em que algumas lideranças fizeram falas breves e deram espaço para apresentações artísticas. De acordo com a presidente da CUT-PR, Regina Cruz, a manifestação é um “esquenta” para uma greve geral, que deve acontecer no começo de novembro.
O ato desta quinta-feira fez parte do dia nacional de paralisação de mobilização, convocada pela central sindical contra reformas trabalhistas e da previdência. Pela manhã, manifestantes fecharam por hora duas vias do Contorno Sul como forma de protesto.
Desde antes de Dilma Rousseff deixar a presidência definitivamente, as centrais sindicais já afirmam que pretendem promover uma greve geral no país.
Histórico
Desde que o impeachment de Dilma foi confirmado pelo Senado no dia 31 de agosto, Curitiba teve uma série de protestos contra o presidente Michel Temer. O maior deles aconteceu no dia 6 de setembro, quando mais de mil pessoas, de acordo com a PM, e 5 mil na contagem da organização do protesto.
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