Desde a licença de Alexandre de Moraes da cadeira de ministro da Justiça e Segurança Pública, publicada no último dia 7, uma lista de possíveis substitutos no comando da pasta teria circulado no gabinete do presidente da República, Michel Temer.
Na imprensa, foram ventilados os nomes de Grace Mendonça, advogada-geral da União; José Mariano Beltrame, ex-secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro; Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, advogado criminalista; Rodrigo Pacheco e o paranaense Osmar Serraglio, ambos deputados federais pelo PMDB; Ellen Gracie, Ayres Britto e Carlos Velloso, todos ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Tudo indica, contudo, que o nome escolhido será mesmo o de Carlos Velloso, embora o Palácio do Planalto ainda não tenha feito nenhum anúncio. Se Velloso for confirmado, José Mariano Beltrame ainda pode ser convidado a ocupar uma secretaria dentro da pasta, voltada à área de segurança pública.
Todos os demais nomes da lista perderam força ao longo dos quase dez dias, por motivos diferentes. Entenda:
Mariz de Oliveira
O nome preferido do presidente de Temer sempre foi o de Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, mas as críticas feitas pelo advogado criminalista à Lava Jato causariam um problema para o Planalto.
Ellen Gracie e Ayres Britto
Ellen Gracie e Ayres Britto, embora tenham se tornado consultores jurídicos informais do presidente Temer, não demonstraram interesse em assumir a cadeira.
Grace Mendonça
O desempenho de Grace Mendonça na Advocacia-Geral da União (AGU), avaliado de forma positiva pelo Planalto, também pesou. Tirá-la da AGU agora inauguraria uma nova lista de nomes para substituí-la no órgão.
Rodrigo Pacheco e Osmar Serraglio
O deputado federal pelo Paraná Osmar Serraglio não ganhou força dentro da própria bancada do PMDB para se viabilizar no Planalto. E o mineiro Rodrigo Pacheco acabou sendo o nome efetivamente levado pelo grupo ao presidente Temer.
Pacheco, contudo, não sobreviveu ao “virar vidraça”. Declarações do peemedebista no passado, contrárias ao poder investigação do Ministério Público, o derrubaram da lista de nomes. A bancada do PMDB no Senado também trabalhou contra a indicação feita pelos correligionários da Câmara dos Deputados.
Para senadores da sigla do presidente Temer, o nome de Carlos Velloso ganhou mais respaldo. Velloso também vem com o apoio do PSDB, legenda que já comandava a pasta da Justiça, via Alexandre de Moraes.
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