Equipes de batedores da Polícia Federal, responsáveis pela segurança no transporte de presos até a superintendência da PF em Curitiba| Foto: Hugo Harada / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Veja lista de mandados de prisão

Relação inclui presidentes de empreiteiras e ex-diretor da Petrobras

Clique aqui e veja a relação de nomes com mandado de prisão e de busca e apreeensão

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Presos da Lava Jato chegam em Curitiba

Os presos na sétima fase da Operação Lava Jato foram trazidos a Curitiba (PR), onde se concentra toda a investigação. Um avião da Polícia Federal com os detidos pousou no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais na Região Metropolitana de Curitiba, por volta das 21h.

Para fazer a viagem, os detidos em São Paulo foram transportados pela Polícia Federal ao aeroporto de Guarulhos. A van que os levou tinha as janelas tampadas por cortinas. Onze prisioneiros da Operação Lava Jato deixaram a sede da PF em São Paulo, no bairro da Lapa, em direção ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

Já os presos no Rio de Janeiro foram conduzidos à Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, zona norte do Rio. O transporte foi feito por um veículo da PF escoltado por dois carros com agentes federais.

Em um micro-ônibus, também da PF de São Paulo, seguiu em direção ao aeroporto todo o material apreendido na sede de algumas das principais empreiteiras do país - são computadores, documentos, livros contábeis e outros papéis que interessam à investigação.

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Outras diretorias da Petrobras serão investigadas

Outras diretorias da Petrobras ainda serão investigadas pela operação Lava Jato da Polícia Federal, de acordo com o procurador regional Carlos Fernando Santos Lima. A próxima diretoria investigada deve ser a Internacional, que, de acordo com o depoimento do ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, seria ligada ao PMDB.

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CPMI deve impedir quebra de sigilo de empreiteiras

Mesmo com a deflagração da nova fase da Operação Lava Jato, que levou a prisões de dirigentes das grandes empreiteiras do país, a CPI mista da Petrobras vai evitar eventuais quebras de sigilo bancário e fiscal das empresas e tentará "blindar" as construtoras envolvidas no esquema de corrupção e lavagem de dinheiro em obras da estatal. Hoje, o consenso é de que parlamentares da base aliada e da oposição mantenham o acordo, firmado em maio, para impedir ações contra as empreiteiras e seus dirigentes na próxima terça-feira (18) quando a comissão vai se reunir para votar requerimentos.

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Suspeitos já imaginavam que poderiam ser presos e evitavam dormir em casa

A Polícia Federal diz que não foi possível cumprir todos os mandados de prisão da Lava Jato porque alguns suspeitos já imaginavam que poderiam ser alvo da operação e conseguiram escapar. Os policiais estavam de olho há algum tempo observando os suspeitos. Segundo a PF, alguns deles, já imaginando que a nova fase da operação Lava Jato pudesse incluir seus nomes, viajavam frequentemente ao exterior, e passaram a ter o costume de dormir fora de casa. Por isso, alguns foram presos em hotéis nesta sexta.

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A investigação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná descobriu, na sétima fase da Operação Lava Jato, que as contas bancárias das empresas MO Consultoria e GFD Investimentos, controladas pelo doleiro Alberto Youssef, receberam R$ 90 milhões entre 2009 e 2013. Por meio da quebra de sigilo fiscal, foi identificado que o valor foi depositado pelas empreiteirasMendes Júnior, Engevix, Galvão Engenharia e OAS, cujos dirigentes tiveram prisão decretada pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. A suspeita é que esses R$ 90 milhões possam ser propinas decorrentes de contratos das empreiteiras com a Petrobras e as empresas do doleiro receberiam o dinheiro para dissimular a origem e fazer repasses para políticos. Segundo a investigação, pelo menos sete grandes grupos empresariais mantêm contratos de R$ 59 bilhões atualmente com a estatal.

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As empresas são suspeitas de montar um cartel para ganhar contratos com a estatal com o compromisso de repassar dinheiro para políticos e diretores da Petrobras. Entre os grupos suspeitos e que sofreram mandados de busca e apreensão nesta sexta estão: Camargo Corrêa, OAS, Odebrecht, UTC, Queiroz Galvão, Engevix, Mendes Júnior, Galvão Engenharia e Iesa.

Na operação desta sexta-feira, foram presas 17 pessoas, entre elas o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, ligado ao PT. Ainda há oito mandados de prisão a ser cumpridos. A maior parte dos mandados é referente a funcionários e executivos de grandes empreiteiras: são 23 casos. Entre os executivos que tiveram a prisão preventiva ou temporária decretada pela Justiça Federal estão presidentes de cinco companhias: da OAS, da Camargo Corrêa Construções, da Iesa Óleo e Gás, da UTC e da Construtora Queiroz Galvão.

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Além deles, foram presos ainda dois operadores ligados ao doleiro Alberto Youssef e há um mandado de prisão contra o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano e apontado como outro operador, ainda não encontrado pela polícia. Ao todo, estão sendo cumpridos 25 mandados de prisão, 49 mandados de busca e 9 mandados de condução coercitiva em 7 estados da federação: Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Distrito Federal. A maioria dos trabalhos são feitos pela PF na capital paulista.

No Paraná, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão: um na casa do empresário Valdir Lima Carreiro, presidente da Iesa Óleo & Gás, na região metropolitana de Curitiba, e outro na uma das representações do grupo empresarial no centro da Capital. A PF recolheu documentos e mídias para auxiliar nas investigações. Carreiro também tem um mandado de prisão temporária expedido contra ele, mas o empresário ainda não foi localizado.

A Justiça Federal também determinou o bloqueio de R$ 720 milhões de contas bancárias de 36 suspeitos. Boa parte do dinheiro foi bloqueado das contas de três empresas ligadas a Fernando Baiano e que, segundo a PF, seriam empresas de fachada. De acordo com a PF, as contas das empreiteiras não foram bloqueadas porque as empresas têm muitas obras e isso poderia inclusive prejudicar o pagamento dos trabalhadores. A opção foi por congelar até R$ 20 milhões de cada diretor ou executivo envolvido. Segundo a Polícia Federal informou via Twitter, os envolvidos presos nesta sexta-feira responderão por crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro. Segundo a PF, não há nenhum político entre os suspeitos presos nessa sexta. "Nosso foco agora será a elaboração das denúncias, que devem ser finalizadas até o final da primeira quinzena de dezembro", disse Diogo Castor de Mattos, procurador da República e integrante da força-tarefa do Ministério Público Federal para a Lava Jato.

A PF afirma que a operação dessa sexta-feira é "fruto da análise do material apreendido e dos depoimentos colhidos nas fases anteriores" e que as prisões ainda não têm relação com as delações premiadas feitas por Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa. Porém, os depoimentos que eles deram à Justiça Federal em Curitiba contaram para reunir informações que deflagraram a operação dessa sexta-feira. Os dois personagens centrais da investigação firmaram acordo de delação premiada. Youssef