A Justiça decretou novamente a prisão preventiva de Abib Miguel, o Bibinho, ex-diretor da Assembleia Legislativa do Paraná. A prisão preventiva foi decretada à 1h30 da madrugada desta quarta-feira (5) pela juiza de plantão, Manuela Talão.

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A informação de que Bibinho continuará preso foi confirmada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) e pela Polícia Militar (PM). O ex-diretor-geral da Assembleia segue preso no Quartel do Comando Geral da PM, no Centro de Curitiba.

O procurador de Justiça Leonir Battisti, coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), explicou que o primeiro pedido de prisão preventiva contra Bibinho foi relaxado por causa do habeas-corpus concedido na terça-feira (4).

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Os advogados de Bibinho tinham conseguido o habeas-corpus para ele na terça-feira, por volta das 18 horas. A liberdade ao ex-diretor-geral havia sido concedida pela juíza substituta de 2.º Grau do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, 2.ª Câmara Criminal,Lilian Romero.

Apesar disso, o ex-diretor-geral da Assembleia não chegou a sair da prisão porque a Justiça decretou a segunda prisão preventiva, por volta da 1h30, a pedido do Gaeco.

Segundo Battisti, o mérito do habeas-corpus concedido na terça-feira deverá ser julgado apenas na próxima semana. "O que habitualmente ocorre é que a defesa já entra com um segundo pedido de habeas-corpus", afirmou o procurador de Justiça.

Abib Miguel ficará preso durante o desenrolar do processo ou até que um novo habeas-corpus seja concedido.

O procurador de Justiça disse ainda que outras duas acusações pesam contra Abib Miguel, em entrevista ao telejornal Paraná TV 1a. edição. A primeira seria uma ameaça feita por Bibinho por causa do mandado de busca e apreensão cumprido na casa dele. A segunda seria sobre acusação de manipulação da presidente do Sindicato dos Servidores do Legislativo, Diva Scaramella Ogibowski. Ela disse ter sido "usada" e "enganada" e decidiu desistir da ação judicial que pretendia restringir o acesso do MP aos dados financeiros dos servidores.

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Prisão

Abib Miguel foi preso no último dia 24 durante a Operação Ectoplasma I, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná. Além dele, outras nove pessoas foram detidas na ação. Ao todo, os policiais apreenderam R$ 450 mil em dinheiro, armas, munição, um triturador de papel, papel picotado e documentos, computadores e 73 veículos, incluindo alguns automóveis de coleção.

Depois da prisão temporária, a Justiça havia determinado preventiva de Bibinho e outros dois ex-diretores da Casa: José Ary Nassiff (diretor administrativo) e Claudio Marques da Silva (diretor de pessoal). No pedido de detenção, o MP argumentou que eles deveriam permanecer presos para não atrapalharem as investigações e também como uma forma de garantia de ordem pública.

Denúncia do MP

Na segunda-feira, o Ministério Público denunciou criminalmente os ex-diretores e o servidor João Leal de Matos. Eles são acusados de envolvimento no esquema de contratação de funcionários fantasmas e lavagem de dinheiro na Assembleia e foram denunciados pelos crimes formação de quadrilha, por cometer 1.182 vezes o crime de peculato (crime contra a administração pública), lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Cinco parentes de Matos ainda respondem por peculato. Todas as irregularidades podem render aos acusados uma pena que varia de 42 anos a 297 anos de prisão.

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Assista à reportagem em vídeo

Veja todas as denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPCTV sobre os Diários Secretos da Assembleia Legislativa.

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