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Em nota, Odebrecht diz que engenheiro deixou a empresa há 23 anos

A Odebrecht divulgou nota em que diz repudiar a "tentativa" de estabelecer relações entre o engenheiro Shinko Nakadakari e a empresa. Confira a íntegra da nota:

"A Odebrecht repudia ilações, feitas por alguns veículos de comunicação, que tentam estabelecer relações entre a empresa e o engenheiro Shinko Nakadakari, investigado pela Polícia Federal do Paraná por supostamente intermediar pagamentos indevidos para outras empresas do ramo de construção. A Odebrecht informa que o engenheiro deixou a empresa há 23 anos, em 1992, tendo ocupado o cargo de gerente - e não de diretor, como alguns veículos de imprensa erroneamente divulgaram. Segundo autos da Justiça Federal do Paraná tornados públicos, em nenhum momento o engenheiro é citado por qualquer depoente ou testemunha como alguém que tivesse atuado em algum momento em nome da Odebrecht no contexto dos fatos investigados."

O ex-diretor da Odebrecht Shinko Nakandakari está negociando com o Ministério Público Federal (MPF) um acordo de delação premiada. Ele é um dos 11 operadores apontados pelos investigadores da Operação Lava Jato por atuarem dentro da Diretoria de Serviços da Petrobras. Segundo o MPF, os depoimentos de Nakandakari já estão sendo tomados.

Nakandakari é suspeito de operar o esquema nas empresas Galvão Engenharia, EIT Engenharia e Contreiras. Ele era responsável pela entrega de dinheiro vivo ao ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco. A Polícia Federal suspeita que o montante tenha chegado a R$ 8 milhões.

O ex-diretor é suspeito de atuar como um dos operadores do esquema dentro da Diretoria de Serviços da Petrobras. Na deflagração da operação, na semana passada, ele foi levado à delegacia para depor em função de um mandado de condução coercitiva.

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