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A força-tarefa da Lava Jato pediu a redução da pena do doleiro Alberto Youssef pela metade em uma das 11 ações penais da Lava Jato nas quais ele é réu na Justiça Federal do Paraná. O pedido tem como base o acordo de colaboração premiada firmado pelo doleiro com o MPF.

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Na solicitação, o próprio Ministério Público Federal reconhece que a delação do doleiro não ajudou na apuração dos crimes investigados nesta ação, mas ainda assim ele "faz jus à diminuição da pena em virtude de sua colaboração para o esclarecimento de diversos outros fatos, cujas declarações foram prestadas perante à Polícia Federal", afirmam os procuradores da força-tarefa, que citam ainda o depoimento do doleiro à Justiça Federal em outubro do ano passado, quando ele revelou a existência do esquema de pagamento de propinas em contratos da Petrobrás para beneficiar PT, PMDB e PP.

A ação já está com os autos conclusos e aguarda apenas a sentença do juiz Sérgio Moro, que vai determinar as penas dos réus e pode acolher, ou não, o parecer do MPF. A ação estava suspensa aguardando a homologação da delação de Youssef pelo Supremo Tribunal Federal, ocorrida no ano passado, para que o magistrado pudesse levar ela em consideração na sentença.

Atualmente, Youssef cumpre três anos de prisão como parte das 23 cláusulas de seu acordo firmado com o Ministério Público Federal que prevê ainda que ele devolva suas propriedades e participações que possui em empresas. Além disso, caso sua condenação nas ações penais nas quais já é réu ou nas que ainda possam surgir contra ele somem 30 anos de prisão, todos os processos e inquéritos policiais contra ele serão suspensos por um período de dez anos.

Evasão

A petição foi encaminhada na ação penal em que Youssef é acusado de liderar uma quadrilha que evadiu cerca de US$ 500 milhões entre 2009 e 2013 por meio de importações fictícias com base em contratos de câmbio firmado por empresas de fachada. Dentre as empresas utilizadas para evadir o dinheiro estão a Labogen e a Piroquímica, do também réu da Lava Jato Leonardo Meirelles, apontado como testa de ferro do doleiro.

De acordo com a denúncia, a quantia foi enviada para offshores no exterior controladas pelos réus e as transações envolveram empresas e/ou bancos na China, Coreia, Canadá, Formosa/Taiwan, Taiwan, Índia, Uruguai, Estados Unidos, Itália, Hong Kong, Ucrânia, Bélgica, Liechtenstein e Costa Rica

Além disso, a denúncia acusa o advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, apontado como laranja do Youssef, e o doleiro pela lavagem de dinheiro com a compra de um imóvel avaliado em R$ 3,7 milhões.

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