- Ex-diretor da Petrobras viaja de Curitiba nesta quarta para depor à CPI
- PF e MPF costuram terceiro acordo de delação premiada da Lava Jato
- Justiça nega pedido de Youssef para suspender processos da Operação Lava Jato
- Presidente da Petrobras fala à CGU sobre investigações envolvendo estatal
- Governo e base aliada agem para evitar danos do depoimento de Costa
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso desde março na Operação Lava Jato, deixou a sede da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba, pouco antes das 8 horas desta quarta-feira (17) para prestar depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, no Congresso Nacional, em Brasília.
Em um carro descaracterizado da Polícia Federal (PF), escoltado por outro veículo da PF, Costa foi levado até o Aeroporto Internacional Afonso Pena, na região metropolitana de Curitiba, de onde a aeronave decolou às 10h05.
As janelas do veículo que transportou o ex-diretor até o terminal eram escuras e estavam todas fechadas, então não foi possível identificá-lo no interior do carro, modelo Pajero.
Os automóveis da PF chegaram ao aeroporto por volta das 9 horas e seguiram direto para a pista do terminal. Este era o horário inicial de previsão da decolagem do voo até Brasília. Contudo, a aeronave da PF só pousou no aeroporto às 9h30. A decolagem, então, só ocorreu aproximadamente meia-hora depois.
Do aeroporto de Brasília, o ex-diretor deve seguir para a Superintendência da PF na capital federal, onde deve aguardar o horário do depoimento, marcado para às 14h30, no Senado.
A previsão é de que Costa retorne com o mesmo avião da PF ainda nesta quarta-feira para a Superintendência da PF em Curitiba, onde é mantido preso desde março, mas não há expectativa de horário para que isso aconteça.
Delação premiada
Paulo Roberto Costa é acusado de envolvimento em pagamento de propinas nas obras da refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, e de tentativa de destruição de provas da Operação Lava Jato. O esquema de lavagem de dinheiro, segundo a PF, teria movimentado R$ 10 bilhões.
No mês passado, o acusado aceitou em fechar um acordo de delação premiada com procuradores que atuam na operação para deixar a prisão. Delação premiada é um recurso pelo qual um réu fornece informações para a Justiça em troca de uma pena menor.
O ex-diretor da Petrobras foi preso pela segunda vez no dia 11 de junho, após as autoridades da Suíça informarem à Justiça brasileira que ele tinha contas com US$ 23 milhões (R$ 53,6 milhões) naquele país.
O acordo de delação premiada trataria ainda da devolução do dinheiro depositado na Suíça e que desviados pelo esquema.
Outras delações da Lava Jato
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) costuram o que seria a terceira delação premiada da Operação Lava Jato. O réu Ediel Viana da Silva, apontado como o braço-direito do doleiro Carlos Habib Chater, fechou na última terça-feira (16) o acordo para colaborar com as investigações. Os termos da delação estão sendo negociados, mas os depoimentos devem começar na próxima terça-feira (24), na sede da PF em Curitiba.
Outro acordo de delação premiada que chegou ao conhecimento do público foi o do advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, laranja do doleiro Alberto Youssef em uma empresa no Brasil e duas nos Estados Unidos.