Levantamento divulgado pelo Banco Central mostra que as manobras financeiras, chamadas de pedaladas fiscais, explodiram durante o governo Dilma Rousseff. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
São exatamente as pedaladas fiscais – uso do dinheiro de bancos federais em programas do governo – que motivaram os pedidos de impeachment da petista. Para se defender, Dilma diz que a prática é comum em diversos governos, inclusive entre os que a antecederam.
De acordo com o levantamento, em 2001, final do segundo governo de Fernando Henrique Cardoso, R$ 948 milhões foram retirados dos bancos públicos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, entre outros) para acertar as contas do governo federal. Montante que saltou para R$ 60 bilhões no fim do ano passado – valor que o governo de viu obrigado a devolver após determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).
Para Dilma, a discrepância nos valores está relacionado ao crescimento da economia do país e do orçamento da União. Porém, entre 2001 e 2008 (governos FHC e Lula), o impacto das pedaladas na dívida pública oscilou entre 0,03% e 0,11% do Produto Interno Bruto (PIB). A partir de 2009 o crescimento foi contínuo, atingindo o pico de 1% do PIB.
Ao reprovar as contas de 2014 do governo Dilma, o TCU considerou ter havido empréstimos dos bancos federais ao governo, o que é crime, segundo a legislação. Para a oposição, os empréstimos serviram para maquiar a fragilidade das contas do governo, o que motivou a busca pelo impeachment.
Procurado pela reportagem da Folha de S.Paulo, o Planalto não quis se manifestar.
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