Atualizada no dia 09/06, ás 18h46
Dois agentes da Polícia Federal já deixaram a Superintendência com a lista dos 42 sem-terra que vão permanecer presos e dos demais 540 que serão liberados ainda nesta sexta-feira. Os alvarás são assinados pela juíza Maria de Fátima de Paula Pessoa, da 10ª Vara Federal de Brasília. Os sem-terra serão levados em ônibus para as cidades de Imperatriz (TO), Itaberaí (GO) e Araguari (MG).
A pedido do Ministério Público Federal, continuarão presos apenas os líderes e ativistas que participaram diretamente da invasão da Câmara dos Deputados. Entre os que ficarão presos, está Bruno Maranhão, principal líder do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST).
O MLST assumiu a responsabilidade política pela manifestação da última terça-feira, mas não pelos atos de vandalismo no Congresso.
O procurador da República José Robalinho Cavalcanti pediu a manutenção da prisão dos 42 manifestantes que teriam comprovadamente participado do quebra-quebra nos corredores da Câmara. A Polícia Federal, que assumiu o comando das investigações, endossou os pedidos do procurador.
Entre os presos na nova ala da Papuda estão 137 mulheres e 445 homens. Nesta quinta-feira, a PF renovou o indiciamento e começou a interrogar 11 líderes e 27 militantes - o grupo dos 42 - apontados como os principais responsáveis pelo badernaço na Câmara.
Os 540 sem-terra só deverão deixar a penitenciária da Papuda no início da noite desta sexta-feira porque são demorados os procedimentos para liberação. Antes de serem liberados, terão que conferir os objetos pessoais e assinar os alvarás de soltura.
A polícia já está providenciando uma pequena frota de ônibus para fazer o transporte dos sem-terra da Papuda para os estados de origem. Já foi feito um levantamento dos antecedentes criminais de todos os 540 e até agora não há nada que impeça a saída deles da prisão.
Ação planejada na agenda
Anotações encontradas com o chefe do MLST dão detalhes do planejamento da ação e de quem pagaria a conta da baderna, divulgou nesta quinta-feira o Jornal Nacional. A invasão à Câmara tinha horário marcado: 14h, no Congresso, entrada pelo Anexo 3.
Pelas anotações, caberia a Raquel, que seria secretaria de Maranhão, fechar os números do PT e o orçamento de passagens, R$ 6 mil. Na despesa dos nove estados, uma observação: "União financia". O valor total da operação seria quase R$ 83 mil . Representantes do MLST deram entrevista nesta quinta-feira. Questionados sobre quem financia o grupo, um militante respondeu:
Ainda de acordo com o Jornal Nacional, no sistema oficial das contas públicas, Bruno Maranhão aparece recebendo repasses de recursos da União, como responsável pela Associação Nacional de Apoio à Reforma Agrária (Anara), que tem sede em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.A ONG Contas Abertas, que acompanha os gastos do governo, registra que a Anara embolsou nos últimos três anos mais de R$ 5,5 milhões.
Confira a lista dos 42 líderes sem-terra que continuarão presos
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