Nos bastidores da Câmara comenta-se de um pacto de não agressão entre a oposição e Eduardo Cunha.| Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil

O líder do DEM na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE), desconversou nesta quarta-feira (14) sobre a reação tímida da oposição ao processo por quebra de decoro parlamentar proposto pelo PSol e pela Rede Sustentabilidade no Conselho de Ética contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Mendonça negou blindagem ao peemedebista, disse que os oposicionistas já se manifestaram por meio de nota no último final de semana e avaliou que o texto já basta.

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O deputado defendeu ampla e total apuração das denúncias de que Cunha teria contas ocultas no exterior e ressaltou que ainda precisam receber as provas em poder da Procuradoria-Geral da República (PGR) “para que possam conhecer a verdade”. “Ninguém vai ser blindado por nenhum partido de oposição”, declarou.

PSDB, PPS, PSB, Solidariedade e DEM divulgaram uma nota pedindo o afastamento do peemedebista logo após a revelação de que as contas na Suíça pagaram despesas pessoais de parentes de Cunha. Mendonça rechaçou a tese de que a mensagem divulgada tenha sido “jogo de cena”.“Nós já nos manifestamos por nota. A nossa manifestação foi pública, ampla e nessa direção: propondo o afastamento dele”, afirmou o líder, num claro sinal de que não haverá cobranças públicas pela saída de Cunha do cargo.

Na terça-feira (13) só parlamentares do PSol e Rede defenderam no plenário o afastamento de Cunha e pediram o apoio dos colegas para o processo protocolado no Conselho de Ética. Governistas e oposicionistas silenciaram.

Mendonça disse que não há dependência da oposição – que busca o deferimento do pedido de impeachment contra Dilma – em relação ao peemedebista, mas espera que ele aja de forma “impessoal”. “Espero que ele cumpra seu dever constitucional, que cumpra com sua obrigação.”