O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), classificou como uma "maratona" o julgamento do mensalão, que se arrasta desde a quarta-feira da semana passada. Para o ministro, teria sido melhor se o tribunal decidisse apenas o futuro dos acusados que têm foro privilegiado. A idéia chegou a ser proposta pelo relator do caso, Joaquim Barbosa, mas foi derrubada pela maioria dos ministros.
- É uma maratona. Teria sido tão mais fácil desmembrar a denúncia. Talvez esse processo seja emblemático para que julguemos apenas aqueles que têm prerrogativa de foro. E, na verdade, espero viver o dia em que todos serão tratados igualmente pela justiça - disse, fazendo uma defesa do fim do foro privilegiado para autoridades.
Marco Aurélio ressaltou que, apesar da expectativa de que o processo demore, os acusados não devem ser beneficiados pela prescrição dos crimes:
- São baixas as chances de prescrição, porque os prazos são longos, o menor tem oito anos. Além disso, tudo é zerado com o recebimento da denúncia - disse.
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