O Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) assumiu a responsabilidade política pela manifestação da última terça-feira na Câmara dos Deputados, mas não pelos atos de vandalismo no Congresso. A informação foi dada nesta por um dos líderes do MLST, Jutair Moraes, em entrevista coletiva à imprensa.
- Aqueles que cometeram excesso vão ter que pagar. Se é defensável ou não, são vocês que vão dizer. O que ocorreu, ocorreu. Tivemos problemas, mas a responsabilidade é cada um - disse.
Moraes afirmou que a coordenação do MLST não planejou os atos que causaram prejuízos de quase R$ 100 mil ao Congresso.
- A nossa ação era para ir até o salão de festas, entregar a pauta de reivindicação, entrar no ônibus e voltar para os estados - afirmou.
Ele explicou que a confusão começou porque já havia uma tensão com os seguranças da Casa por causa de outras manifestações no mesmo dia.
- Numa ação que envolve um grande número de pessoas, há o risco de ter problemas com as pessoas mais exaltadas, que não conseguem se controlar - afirmou.
A fita divulgada sobre o planejamento da manifestação, segundo o líder do MLST, não mostra em nenhum momento uma ordem como "entrem e quebrem tudo". Ele disse que as pedras e barras de ferro que aparecerem em imagens jornalísticas vieram de uma obra de construção ao lado da entrada do Anexo 2 da Câmara dos Deputados.
- Não estamos justificando os excessos, as pessoas do movimento que tiverem culpa vão ter que pagar - afirmou.
Moraes esclareceu também que não existe hierarquização dentro do movimento ou mesmo uma única pessoa responsável pelo planejamento das ações. São 45 membros da coordenação nacional espalhados pelos estados no país que gerenciam as finanças e as manifestações do MLST.
- Bruno Maranhão não coordena o movimento, ele é da executiva do PT. Ele é apenas um dos membros da militância do MLST - conclui.
STF terá Bolsonaro, bets, redes sociais, Uber e outros temas na pauta em 2025
Alcolumbre e Motta seguem cartilha dos antecessores. Assista ao Entrelinhas
Lula diz a Motta e Alcolumbre que não mandará propostas ao Congresso sem consultar líderes
Estado é incapaz de resolver hiato da infraestrutura no país
Deixe sua opinião