A advogada Carla Cepollina, de 40 anos, investigada pelo assassinato a tiro do namorado dela, o coronel e deputado estadual Ubiratan Guimarães, rebateu as críticas feitas pelos filhos da vítima e reiterou que tinha um relacionamento estável com o companheiro. Ela argumentou que os herdeiros do coronel não teriam conhecimento da rotina e da vida política do pai. No sábado passado, ela divulgou uma carta declarando que está sendo desrespeitada e difamada.
Em uma entrevista exclusiva, publicada na edição de domingo do jornal Diário de S. Paulo, os três filhos do coronel, Fabrício, Diogo e Rodrigo, relataram que Ubiratan já estaria separado de Carla havia sete ou oito meses, em função de "divergência de interesses".
- Os filhos, em depoimentos, negam o relacionamento, declaram inverdades, quero crer que talvez na ânsia de achar um culpado - rebateu a advogada.
Em resposta a declarações dos rapazes dando conta de que Carla - uma desequilibrada, segundo eles - era tratada como ex-namorada, ela acrescentou:
- Apresento provas: fatos, fotos, depoimentos, lugares e notas fiscais que atestam que meu relacionamento com o Ubiratan era sólido e constante - diz Carla na carta.
Para expor uma proximidade recente com o deputado nos últimos tempos, Carla cita o fato de, um dia antes do assassinato, ter visitado uma funcionária do coronel que ganhara um bebê. Também relembrou momentos em que esteve com os filhos há menos de sete meses.
Os filhos, os quais acreditam que Carla seria autora do homicídio, também revelaram que o pai se empolgou após iniciar um relacionamento amoroso com a delegada federal Renata Madi. Em nota, a delegada diz que apenas era amiga do deputado.
- Nesse momento (em que o coronel se aproximou de Renata), ela (Carla) percebeu que tinha perdido terreno - afirmou Diogo.
Carla, que diz estar sendo perseguida e vítima de um plano sórdido para incriminá-la, supõe que os jovens não sabiam detalhes da vida do pai.
- Os filhos demonstram não ter conhecimento da rotina e da vida política do pai na mesma profundidade que eu, que, como namorada, convivia diariamente com ele - escreveu.
Carla não era apenas namorada do coronel. Ela era também funcionária dele na Assembléia Legislativa de São Paulo. Carla recebia por mês R$ 5.254,73 com o cargo de secretária parlamentar.
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