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Ex-diretor de abastecimento da Petrobras (no meio) prestou depoimento em Curitiba | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Ex-diretor de abastecimento da Petrobras (no meio) prestou depoimento em Curitiba| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

"Ele quer de volta a sua alma", diz advogado sobre Costa

Ex-diretor da Petrobras e hoje delator do esquema de corrupção na estatal, Paulo Roberto Costa afirmou em depoimento à Justiça nesta sexta-feira (13) que "quer de volta sua alma". Segundo seu advogado, João Mestieri, ele está buscando "o caminho da verdade".

O delator depôs como testemunha de acusação numa das ações penais oriundas da Operação Lava Jato. São réus neste processo o ex-diretor Néstor Cerveró, o lobista Fernando Baiano, o consultor Julio Camargo, delator e ligado à Toyo Setal, e o doleiro Alberto Youssef.

Paulo Roberto chegou à Justiça escoltado pela PF, sem dar declarações à imprensa. Ele cumpre prisão domiciliar em sua casa, no Rio de Janeiro."Não foi uma questão de negociar pena. Foi um trabalho que veio de dentro para fora", disse Mestieri, na saída da audiência. "Ele estava realmente necessitado de botar isso para fora."

(Folhapress)

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A construtora Odebrecht depositou entre 2008 e 2013 cerca de US$ 31,5 milhões em contas do ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa no exterior. A informação foi confirmada por Costa em depoimento em regime de delação premiada aos investigadores que compõe a força tarefa da Operação Lava Jato.

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Segundo Costa, os depósitos da Odebrecht não se inseriam no percentual que a construtora repassava aos partidos políticos pela contratação em obras da Petrobras. "Ou seja, não estavam inseridos no percentual de 1% recebidos pelo PP e de 2% recebidos pelo PT relativos aos contratos firmados no âmbito da Diretoria de Abastecimento com todas as empresas cartelizadas", disse o ex-diretor.

Os depósitos foram feitos nas contas de offshore abertas pelo dono da Diagonal Investimentos, Bernardo Freiburghaus. Ele foi apresentado a Paulo Roberto Costa pelo então diretor da Odebrecht Rogério Araújo para operacionalizar os valores do ex-diretor no exterior. Segundo Costa, Araújo sugeriu o pagamento direto no exterior para "manter a política de bom relacionamento" com Costa.

Costa disse aos investigadores que os valores depositados eram referentes a contratos firmados entre a empreiteira e a Petrobras. O ex-diretor disse ainda que "não precisava do dinheiro para a sua manutenção, e apenas o estava ocultando para uso futuro quando viesse a precisar".

Em nota, a Odebrecht "nega em especial ter feito qualquer pagamento ou depósito em suposta conta de qualquer político, executivo ou ex-executivo da estatal".

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