Taniguchi espera DEM para decidir se fica
Brasília - O ex-prefeito de Curitiba Cassio Taniguchi espera por uma posição oficial do DEM para definir se continua no governo do Distrito Federal. Eleito deputado federal pelo Paraná em 2006, ele licenciou-se do cargo em 2007 para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Distrito Federal.
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Brasília - PDT, PSB e PPS anunciaram ontem a saída do governo do Distrito Federal após a divulgação das denúncias da Operação Caixa de Pandora, que investiga arrecadação e distribuição de propina no governo da capital federal, e que envolve o governador José Roberto Arruda (DEM).
Em nota divulgada ontem, o PPS informou que sairão da administração Arruda, os secretários de Saúde, deputado federal Augusto Carvalho, e de Justiça, deputado distrital Alírio Neto. Na nota, o presidente do PPS-DF, Fernando Antunes, afirma que as denúncias "são graves e exigem apuração imediata e rigorosa". O PDT também anunciou a saída de três secretários pedetistas dos cargos que ocupam no governo do DF. Em reunião realizada ontem, o partido decidiu ainda lançar a candidatura do deputado José Antônio Machado Reguffe para disputar a sucessão de Arruda em 2010.
Os pedetistas que entregarão os cargos hoje são: o secretário de Educação Integral, Marcelo Aguiar, o secretário-adjunto da Secretaria do Trabalho, Israel Batista, e o gerente de escolas técnicas, Edilson Barbosa.
O comando do PSB no Distrito Federal decidiu ontem entregar o comando da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário e defender o impeachment do governador José Roberto Arruda. Em nota divulgada ontem, o PSB também informa que será aberto um processo disciplinar no Conselho de Ética do partido para investigar o vice-presidente da legenda e presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Legislativa, Rogério Ulysses. Ele também está envolvido na operação Caixa de Pandora deflagrada pela Polícia Federal e que investiga o suposto esquema. O deputado distrital pode ser expulso da Casa.
Em reunião ontem com Arruda, o DEM anunciou que vai levar para a Executiva Nacional do partido a análise da possível expulsão do democrata. Parte da legenda defendeu na reunião a expulsão sumária de Arruda, mas alguns democratas argumentaram que o partido deve dar ao governador tempo para se defender das acusações.
A reportagem apurou que os senadores José Agripino Maia (DEM-RN) e Demóstenes Torres (DEM-GO) e o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) se mostraram, na frente de Arruda, favoráveis à expulsão. Outros integrantes do partido, como o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), defenderam cautela antes de qualquer decisão. No encontro, Arruda se defendeu das acusações e reiterou que é inocente do suposto esquema de propina.
Na saída da residência de Arruda, os democratas foram cercados por manifestantes, que jogaram panetones em cima dos carros que deixavam o local. Arruda disse que usou R$ 50 mil da suposta propina para, na verdade, comprar panetones e brinquedos a crianças carentes. Ainda não há dia definido para a Executiva do DEM se reunir, mas um encontro poderá ocorrer ainda nesta semana.