Peritos criminais devem passar a noite no canteiro de obras da Estação Pinheiros do Metrô, na zona oeste da capital, que desmoronou na última sexta-feira. Eles colhem materiais que possam ajudar a desvendar as causas do acidente. Os bombeiros também acompanham as escavações, para o caso de haver indícios de que alguma vítima ainda esteja soterrada.

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A Polícia civil deve ouvir todos os funcionários que trabalhavam na obra no dia do acidente. De acordo com o operador da grua, Isaías Souza Pereira, a segurança o avisou pelo rádio que ele deveria descer do guindaste. Ele ainda manejou o braço da máquina para depositar um bloco de concreto no chão, com medo que a máquina ficasse instável e a pedra caísse sobre as pessoas que estavam abaixo. Depois disso, ele desceu 41 metros pelas escadas para chegar ao chão.

- Quando cheguei aqui (em solo) estava tudo normal, a rua, o terreno. Mas já havia começado a cair lá em baixo. Em dois ou três minutos, tudo desabou - afirmou Pereira, que também será ouvido pela polícia.

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O operador da grua ganha pouco mais do que R$ 1 mil por mês e diz que vai continuar nas obras.

- É a minha profissão, o meu ganha-pão - disse.

As obras da estação não serão retomadas até o fim da investigação, na cratera de 80 metros de diâmetro. Representantes do Ministério Público e do Instituto de Criminalística se reuniram nesta sexta para definir o processo de investigação. Todo o material que sai do canteiro é analisado.

Nesta tarde, foram retirados os restos da van que caiu na cratera. Apenas os pneus ficaram enterros. O veículo se transformou em um monte de ferro retorcido. A catraca eletrônica do lotação já está no Instituto de Criminalística, que vai apontar o número exato de passageiros que estavam na van. Mais uma casa foi demolida nesta tarde. A Rua Capri continua completamente bloqueada e 41 imóveis ainda estão interditados. Ao todo, 132 ainda não podem voltar para casa.

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