Os cinco últimos presos suspeitos de envolvimento na adulteração do leite em Minas Gerais foram soltos na madrugada desta quinta-feira (1). Quatro pessoas estavam em Passos e uma, o presidente da Cooperativa dos Produtores de Leite do Vale do Rio Grande (Copervale), em Uberaba.
Desencadeada no último dia 22, a Operação Ouro Branco prendeu e indiciou 27 pessoas pelos crimes de formação de quadrilha e adulteração de produto. Os últimos suspeitos, que continuavam detidos, foram liberadas porque o prazo da prisão temporária venceu.
A Copervale e a Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro (Casmil) são suspeitas de adicionar soda cáustica e água oxigenada ao leite. As substâncias eram acrescentadas para aumentar a quantidade do produto e o tempo de validade.
Promotores e delegados aguardam o resultado das análises das amostras colhidas para concluir o inquérito. Até agora, segundo a PF, não há indícios de que as empresas que vendiam o leite ao consumidor soubessem da fraude.
Investigação
Uma nova etapa das investigações deve buscar informações sobre os dois químicos que realizavam as misturas. O responsável pela fórmula de Uberaba veio de São Paulo e prestava serviços para outras nove empresas, em Minas Gerais e São Paulo. Estas empresas também devem ser investigadas. Já o químico da cidade de Passos veio de Goiás, estado que também será alvo de investigações.
A PF está aguardando a liberação dos laudos do leite recolhido no dia da operação. Sessenta mil litros de leite estão lacrados e aguardam o resultado dos laudos para ser descartados. Em Passos o leite foi recolhido direto de caminhões que saíam das cooperativas. Já em Uberaba, o material foi recolhido de supermercados. Três lotes de três marcas de leite diferentes foram o alvo dos policiais.
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