Para evitar o desgaste da imagem de Dilma Rousseff, pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto, o presidente Lula deverá retirar pontos polêmicos do Programa Nacional de Direitos Humanos. A ideia é "desidratar" o plano e não enviar projetos de lei ao Congresso para regulamentá-lo. O objetivo: evitar prejuízos à campanha de Dilma.
"Esse programa é um erro político e atrapalha a candidatura da ministra Dilma. Quem fez isso não quer que a Dilma ganhe a eleição", disse o vice-líder do PMDB na Câmara Federal, Eduardo Cunha (RJ). "Dos temas polêmicos, provavelmente só ficará o item que trata da proibição para que os programas de tevê e os meios de comunicação façam propaganda racista e/ou preconceituosa", afirmou ontem o líder do PT na Câmara Federal, deputado Cândido Vaccarezza (SP).
Apesar do provável recuo de Lula, o governo vem recebendo o apoio de entidades e ONGs de direitos humanos. Ontem, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), entidade que reúne cerca de 400 organizações de todo o país, manifestaram apoio ao programa. O MNDH inclusive marcou para a próxima quinta-feira o "dia D" em defesa da proposta, convocando as entidades filiadas a "denunciar a campanha que procura desqualificar a luta pelos direitos humanos no Brasil".
Já a ONG Justiça Global prometeu recorrer à Organização dos Estados Americanos (OEA) e à Organização das Nações Unidas (ONU) caso o plano seja revisto. Para a diretora-executiva da ONG, Andressa Caldas, a revisão ou suspensão do plano "permite acionar os organismos internacionais".
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