Mesmo sem responder a perguntas da imprensa no lançamento do Plano Agrícola e Pe­­cuário (PAP), a presidente Dilma Rousseff deu a entender, durante sua passagem por Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná, que considera superada a crise no Ministério dos Transportes. Enquanto cumpria a agenda "positiva", fez questão de repetir que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva lhe deixou uma "herança bendita" – foi uma resposta à expressão "herança maldita", usada pelo senador Aécio Neves (PSDB), para quem o governo petista é "cúmplice dos malfeitos" que têm provocado a troca de ministros.

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A presidente disse que Lula ajudou no fortalecimento da agricultura familiar e arrancou aplausos ao citá-lo como defensor dos pequenos produtores. A expressão "herança maltida" vem sendo usada pela oposição desde o início do atual mandato – da mesma forma como o ex-presidente Lula o fez ao assumir o governo depois de Fernando Henrique Cardoso.

Gleisi

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A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, também preferiu se falar sobre o comparecimento maciço dos produtores e evitou falar dos questionamentos sobre os financiadores de sua campanha. Num palanque disputado pelas lideranças da agricultura familiar e pelos políticos da região, economizou tempo falando apenas um minuto e meio. Foi o suficiente para exaltar o

Sudoeste como "berço da organização da agricultura familiar" e arrancar aplausos.

A Presidência permitiu entrevistas com a presidente apenas no aeroporto de Francisco Beltrão, e exclusivamente a rádios locais, com participação de três comunicadores. Na conversa de 30 minutos, a presidente foi questionada se estava feliz. Dilma respondeu que fica feliz com seu neto Gabriel e com os avanços do Brasil, mas sente tristeza "quando acontece alguma coisa errada no governo".

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