Curitiba A Procuradoria-Geral da União (PGR) e a Polícia Federal (PF) investigam cerca de 200 licitações suspeitas de fraude vencidas pelo grupo de empresas paranaenses de Silvestre Domanski. Nesta quinta-feira, a Controladoria-Geral da União (CGU) enviou à PGR e à PF dados que demonstram o envolvimento dessas companhias em um suposto esquema de corrupção similar ao da Planan, empresa investigada na CPI dos Sanguessugas por vender ambulâncias superfaturadas a prefeituras. As irregularidades envolvem parlamentares, responsáveis pela apresentação de emendas ao Orçamento federal.
As informações da CGU sobre o grupo de Domanski surgiram da análise de 3.048 prestações de contas de convênios executados entre 2000 e 2004. São vários os indícios de irregularidades, como a participação de empresas de pessoas da família de Domanski em uma mesma licitação ou a entrega de veículos incompatíveis com as características do contrato.
A maioria dessas licitações aconteceu em 37 cidades do Paraná, num total de 44 contratos. Os demais processos foram ganhos em outros vinte estados, sendo que a Bahia é o segundo do ranking onde o grupo venceu mais licitações, 40 em 29 municípios. A família atuava por meio das empresas Domanski Comércio Instalação de Equipamentos Médico Odontológicos Ltda.; Saúde Sobre Rodas Comércio de Materiais Médicos Ltda.; Martier Comércio de Materiais Médicos e Odontológicos Ltda.; Maetê Comércio de Materiais Médicos e Odontológicos Ltda.; Curitiba Bus Comércio de Ônibus Ltda.; e Merkosul Veículos Ltda. Em sua defesa, Domanski diz que conseguirá provar sua inocência. "Enviávamos cartas-convites para as prefeituras, como qualquer outra empresa, mas não trabalhávamos no Congresso", disse ontem à Gazeta do Povo.
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