O diretório estadual do PT decidiu adiar a decisão da punição à vereadora suspeita de autossequestro, Ana Maria de Holleben (PT), de Ponta Grossa, nos Campos Gerais. A decisão ocorreu no início da tarde deste sábado (23) e se baseia em parecer do diretório municipal do PT, emitido na sexta-feira (22), que aprovava a expulsão da vereadora. Como Ana Maria não compareceu à reunião do partido neste sábado (23) e apresentou atestado médico válido para até segunda-feira (25), o presidente do partido, Enio Verri, optou por não julgar a vereadora antes de ela se manifestar oficialmente sobre o parecer do diretório municipal.

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Assim, todo o processo que tramitou na Comissão de Ética do PT municipal será repassado para o diretório estadual. Após a análise da documentação, uma nova reunião será realizada em no máximo 30 dias. Depois desse período, deve haver um parecer definitivo do partido. A punição pode ir de uma simples advertência até a expulsão. Se ela for expulsa, pode perder o direito de exercer o mandato na Câmara de Ponta Grossa.

A vereadora é investigada desde 9 de janeiro pelo diretório municipal por ser suspeita de forjar o próprio sequestro no dia 1º de janeiro para não participar da eleição da mesa executiva da Câmara de Ponta Grossa. O PT estadual definiu pela suspensão de 60 dias da vereadora, em reunião no final de fevereiro, e o diretório municipal repetiu a punição, elevando o prazo de suspensão para 120 dias, mas a vereadora desacatou a ordem do partido e continua comparecendo as sessões da Câmara.

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A vereadora também responde a um inquérito policial por falsa comunicação de crime, fraude processual e formação de quadrilha na Polícia Civil, além da suspeita de falsificação documental em outro procedimento aberto no 3º Distrito Policial. Na Câmara, Ana Maria é investigada numa Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e numa ação da Corregedoria pela conduta no episódio do suposto autossequestro. Em todas as entrevistas e no depoimento à polícia, a vereadora disse que está em tratamento para depressão e que não se lembra de nada que ocorreu no dia de sua posse.