O PTB confirmou na noite desta terça-feira (26) o nome do ex-presidente da República Fernando Collor (AL) como titular da CPI da Petrobras. O suplente de Collor será o vice-líder do governo no Senado, Gim Argello (DF). O PTB é o segundo partido a indicar oficialmente seu representante. O prazo para a indicação acaba meia-noite.
Collor já ocupa o cargo de presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, uma das mais importantes da Casa. Na ocasião, ele derrotou a petista Ideli Salvatti (SC), que virou recentemente líder do governo no Congresso.
Além do PTB, somente o PDT formalizou indicação até agora, com a nomeação de Jefferson Praia (PDT-AM) como titular. Pela oposição, o anúncio já foi feito, mas a oficialização junto à Secretaria-Geral da Mesa ainda não. Devem compor a CPI pelo bloco da oposição como titulares os senadores Álvaro Dias (PSDB-PR), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e ACM Júnior (DEM-BA) e, como suplentes, os senadores Heráclito Fortes (DEM-PI) e Sérgio Guerra (PSDB-PE).
Os líderes do PMDB, Renan Calheiros (AL), e do PT, Aloízio Mercadante (SP), mantêm suspense sobre as indicações. Eles irão indicar três titulares e dois suplentes cada um. Mercadante aguarda uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda nesta noite para fazer as indicações. Calheiros esteve com Lula na segunda-feira (25) e espera o petista para oficializar os nomes peemedebistas.
Os nomes dos principais partidos governistas ficaram para a última hora devido ao impasse pelo comando da CPI. Calheiros deseja entregar a presidência para a oposição, mas Mercadante é contra. Por outro lado, o petista gostaria de participar da CPI e indicar somente líderes para a comissão, enquanto o peemedebista argumenta que os líderes já têm direito a voz, podendo indicar outros colegas para a função.
Cargos de comando
Calheiros, por sua vez, gostaria de dar o comando da CPI para a oposição, mas já comunicou ao líder do DEM, José Agripino (RN), que um acordo está praticamente descartado pela base aliada.
Para os jornalistas, Calheiros disse que defenderá a realização do acordo como melhor caminho, mas ressaltou que é "direito da maioria" escolher os cargos-chave da investigação.
A informação da comunicação de Calheiros foi dada por Agripino. O líder do DEM anunciou que seu partido e o PSDB farão obstrução total das votações caso o governo insista no comando total da comissão.
Nesta terça-feira (26), nenhuma votação será realizada no Senado. Seis medidas provisórias trancam a pauta da Casa e quatro delas perdem validade se não forem votadas até segunda-feira (1). Uma das MPs que correm risco reajustou para R$ 465,00 a partir de fevereiro o salário mínimo.
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