O relator do processo que está sendo julgado no Conselho Nacional do Ministério Público, conselheiro Luiz Moreira, proferiu nesta quarta-feira o seu voto pela demissão do ex-procurador-geral de Justiça do Distrito Federal, Leonardo Bandarra, e da procuradora Deborah Guerner pelos crimes de violação de sigilo funcional, recebimento de propina e tentativa de achaque ao ex-governador José Roberto Arruda.
O relator fez uma longa exposição, de mais de três horas, sobre as acusações contra os dois membros do Ministério Público, que protagonizam o maior escândalo de corrupção envolvendo membros da categoria. Eles foram denunciados originalmente pelo ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa, delator do esquema de corrupção desmantelado em novembro de 2009 pela Operação Caixa de Pandora, comandada pelo Superior Tribunal de Justiça.
O presidente do Conselho Nacional do Ministério Público, Roberto Gurgel, abriu o prazo para a defesa que já está sendo apresentada pelo advogado Cezar Bittencourt. Ao final, será realizada a votação do relatório pelos conselheiros. Abalada emocionalmente a promotora Deborah Guerner, não acompanha a sessão.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura