Aconselhado por seus aliados políticos, o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) decidiu renunciar ao seu mandato para evitar ser julgado pelo Conselho de Ética do Senado por quebra de decoro parlamentar e correr o risco de perder o mandato e os direitos políticos por oito anos.
O peemedebista chegou a apresentar, nesta manhã, sua carta de renúncia para membros da Mesa do Senado. Mas desistiu de formalizar seu pedido diante da decisão da Mesa de que ele teria prazo até a notificação pelo Conselho de Ética para fazê-lo. A notificação, segundo a Secretaria Geral da Mesa do Senado, poderia ser feita ainda nesta noite ou a partir da manhã de quinta.
- O senador vai anunciar sua decisão nas próximas horas. Ele está determinado e convicto de sua inocência, mas ele não subestima o momento político adverso. A hipótese da renúncia coletiva está afastada, não é a melhor estratégia. Chegamos à conclusão que seria um esforço duvidoso disputar uma nova eleição nesse momento e correr o risco do caso ser reaberto em caso de nova vitória eleitoral - disse o deputado Tadeu Filippelli (PMDB-DF).
O primeiro suplente do senador, Gim Argello (PTB), que também estaria envolvido em irregularidades na venda de um terreno para o Governo do Distrito Federal pelo empresário do ramo imobiliário Wigberto Tartucce, deve assumir o mandato estimulado pelo próprio Roriz, evitando que seus adversários políticos locais herdem sua cadeira no Senado.
Em seguida, caso Roriz não seja indiciado pelo Ministério Público ou seja inocentado no STF, os aliados de Roriz trabalham com a hipótese da renúncia de Gim, e do segundo suplente, o ex-presidente da Caesb Marcos de Almeida Castro. Nesse contexto, avaliam que Roriz teria condições de recuperar seu mandato, apresentando-se aos eleitores como vítima de uma injustiça.
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