Direção da Casa e sindicato de servidores se reúnem na segunda

Apesar da troca de acusações entre o presidente da Assembleia, Valdir Rossoni (PSDB), e o presidente do Sindilegis, Edenilson Carlos Ferry, o Tôca, o tucano receberá representantes da entidade na próxima segunda-feira, no gabinete da presidência.

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O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Valdir Rossoni (PSDB), afirmou ontem que o presidente do Sin­­dicato dos Servidores Legis­­lativos (Sindilegis), Edenilson Carlos Ferry, o Tôca, ameaçou de morte um ex-diretor da Casa. De acordo com Rossoni, Tôca exigiu desse ex-diretor, com uma arma em punho, que tivesse o salário elevado até o valor máximo pago pela Casa aos funcionários. Do contrário, ele seria morto.

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Afirmando que Tôca faz parte da "quadrilha" que agia no Legislativo estadual, o tucano disse que decidiu revelar a ameaça para mostrar a gravidade da situação vivida pelos deputados. "Se escondesse fatos como esse, não conseguiria justificar as medidas que tomamos. O meu objetivo é virar essa página", declarou. O parlamentar, porém, não revelou o nome do ex-diretor que teria sido ameaçado. "Prefiro preservar a fonte. Eu já estou me expondo o suficiente e não quero expor mais ninguém."

Rossoni afirmou ainda que está sendo dada muito importância a Tôca e que, em nome da moralização pela qual a Casa vem passado, ele não deve ser mais ouvido. "Não quero proteção, mas apenas cautela para nos mantermos no caminho certo", argumentou. Em relação ao "dossiê" montado pelo presidente do Sindilegis com denúncias que o atingiriam, Rossoni disse que ele próprio vai pedir para ser investigado pelo Ministério Público Estadual. No documento de 36 folhas, estão listados supostos funcionários do gabinete parlamentar do tucano que, entre 2000 e 2010, receberiam pagamentos irregulares. Rossoni nega qualquer irregularidade (leia mais sobre isso na página seguinte).

Entendimento

Para rebater as atitudes e as acusações de Tôca, Rossoni afirmou que já foi procurado por alguns dos seguranças que foram exonerados em busca de um entendimento. "Parte desses seguranças era levada pelo temor a acompanhá-lo", afirmou, referindo-se ao presidente do Sindilegis. "Esses seguranças nos procuraram e o fato é que ele [Tôca] já está se tornando culpado pelo que aconteceu."