A situação do senador Jarbas Vasconcelos (PE) no PMDB foi o principal assunto da reunião da bancada do partido nesta terça-feira (3), a primeira sob o comando do líder Renan Calheiros (AL). Os parlamentares cobraram uma atitude mais agressiva do comando nacional do PMDB e criticaram a nota que a direção divulgou à época em que Jarbas deu entrevista à revista Veja, quando afirmou que seu partido é uma confederação de líderes regionais, sendo que 90% deles praticam o clientelismo e querem cargos para fazer negócios e ganhar comissões. Ao definir os ataques que o senador fez como desabafo, a direção nacional, na avaliação dos senadores, teria estimulado mais repercussões na mídia.
Além de cobrar uma posição mais firme da direção nacional do PMDB, os senadores, capitaneados por Geraldo Mesquita (AC), queriam fazer uma interpelação judicial contra Jarbas. Porém, não houve decisão sobre essa proposta. A avaliação de Mesquita é de que, com a interpelação, a imagem do senador ficaria desgastada também junto aos governadores e prefeitos do partido. Coube à senadora Roseana Sarney (MA) o discurso mais exaltado contra Jarbas, recebendo a concordância dos colegas.
Em relação ao discurso que o peemedebista fará ainda nesta terça na tribuna do Senado, a bancada decidiu rebater imediatamente, caso ele faça novas críticas ao PMDB. Os peemedebistas concluíram que Jarbas estaria enfraquecendo o partido para favorecer a candidatura do governador tucano José Serra à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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