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A nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, fala durante cerimônia de posse | Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
A nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, fala durante cerimônia de posse| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

A nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse nesta segunda-feira (13) ter recebido a indicação da presidente Dilma Rousseff para o cargo como um "presente" e um "desafio". Ideli, que até então era a ministra da Pesca do governo, será a responsável pela ação política do Planalto com o Congresso.

"Sempre ganhei mais batalhas conciliando que divergindo. Serei firme nos princípios e afável na abordagem", disse Ideli ao tomar posse no Palácio do Planalto.

Ela assume o lugar de Luiz Sérgio, que foi para a vaga de Ideli na Pesca. A mudança foi anunciada na última sexta-feira (10). Dilma decidiu fazer a troca no ministério após pressão de aliados insatisfeitos com a relação do Planalto com o governo.

Durante o discurso de posse nesta segunda, a nova ministra prometeu conversar e negociar com a base aliada e a oposição para garantir a boa relação entre Congresso e Executivo. Ideli afastou críticas de que seja de temperamento difícil e que não favorece o diálogo.

"O respeito a todos os partidos que compõem a base aliada é tarefa central [...] Meu trabalho será de conversar, conversar e negociar", destacou.

Ela afirmou que deixará as "portas abertas" para receber tanto os que concordam com ela, quanto com os que divergem. "Quero garantir todo o apoio. Portas sempre abertas para o fortalecimento do pacto federativo", afirmou.

Ideli pediu o apoio dos demais ministros de Estado e disse que cabe a ela apenas coordenar os trabalhos. Ela afirmou ainda que usará princípios da pescaria nos trabalhos como ministra da SRI.

"Lembrarei de atitudes fundamentais para o sucesso de uma boa paciência. A paciência e a espera. Paciência para encontrar o caminho do entendimento. E a espera para que sempre que a urgência se faça necessária, compreender que o recuo é fundamental", disse.Mudanças no Planalto

Antes da troca de Ideli e Luiz Sérgio, o então ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, deixou o cargo, na terça-feira da semana passada, após denúncias de que teria aumentado o patrimônio em 20 vezes entre 2006 e 2010, quando era deputado federal. Ele foi substituído no ministério pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Com a troca de ministros nos cargos mais importantes do Palácio do Planalto, a expectativa é de uma reordenação das funções da Casa Civil e da Secretaria de Relações Institucionais.Quando ocupava a chefia da Casa Civil, Palocci acumulava a função de gestão de projetos do governo com a de articulação política, papel que seria de Luiz Sérgio. Uma das metas de Dilma com a substituição dos ministros das duas pastas é garantir a cada uma o exercício da função que tradicionalmente cabe ao seu ministério.

Gleisi terá um papel primordialmente de administração e acompanhamento das ações do governo. Ela vai gerir e cobrar, por exemplo, o cumprimento de metas da segunda etapa Programa de Aceleração do Crescimento, do programa "Brasil sem Miséria", carro-chefe do atual governo, e do programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida".

Já Ideli, deverá se encarregar das negociações com o Congresso Nacional para a aprovação de projetos de interesse do governo. Uma das primeiras funções da nova ministra será coordenar as articulações pela votação no Senado do projeto que altera o Código Florestal.

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