O comparecimento dos paulistanos aos eventos da Virada Cultural será uma forma de mostrar aos bandidos que a cidade não vai se render. Essa é a expectativa dos organizadores, que decidiram manter a programação para este sábado e domingo, depois de uma semana em que a capital viveu dias de pânico e violência e teve sua rotina alterada. Segundo os organizadores, os artistas que vão participar das 24 horas de atividades garantiram sua presença e a Polícia Militar, que reforçou o policiamento, também liberou o evento. De acordo com o presidente da São Paulo Turismo (SP Turis), Caio Luiz de Carvalho, essa será uma Virada da Paz.
A Virada Cultural vai começar às 18h deste sábado e só termina às 18h do domingo. Durante todo esse tempo, linhas de ônibus e metrô funcionarão para garantir o transporte dos foliões culturais. Serão 24 horas de shows, concertos, dança, apresentações de teatro nos quatro cantos da cidade.
- A semana começou muito ruim em São Paulo e podemos terminá-la bem, com leveza. O comparecimento das pessoas será uma forma de provar que São Paulo não se rende aos bandidos e que tudo já voltou ao normal - diz Carvalho.
Segundo ele, na terça-feira, quando a Prefeitura pensou em suspender o evento por causa da criminalidade, mas foram os próprios artistas que pediram a realização da Virada Cultural.
- Nesta quinta-feira, tivemos uma longa reunião com os órgãos de segurança e temos certeza de que não haverá problemas. Na quarta e na quinta, a cidade já havia voltado ao normal - afirma, acrescentando que a Virada será ainda uma homenagem de artistas e paulistanos à cidade.
O cantor e compositor João Bosco abre a programação, juntamente com a Banda Mantiqueira, no Vale do Anhangabaú, às 18h. Serão quase 400 atrações, que envolverão quatro mil artistas, em apresentações de música, teatro, cinema, dança, literatura e artes visuais. Uma seqüência de shows que promete ser concorrida é a do projeto Samba de São Paulo. Entre 14h e 17h de domingo, estarão no palco do Anhangabaú Jair Rodrigues, Ná Ozzeti, Paulo Vanzolini e Maria Alcina.
No Museu do Ipiranga, quem abre a programação é Orquestra Jazz Sinfônica, às 18h de sábado. No domingo, o show de encerramento fica por conta da Orquestra Sinfônica Municipal e do músico Luiz Melodia. No mesmo palco, também se apresentam os grupos de balé Quasar e Stagium. O horário dessas apresentações e a programação completa podem ser conferidos no site: www.viradacultural.com.br .
Essa é a segunda edição do evento, que foi sucesso de público em novembro do ano passado. Como na primeira edição, todas as linhas e estações do metrô ficarão abertas durante as 24 horas do evento, exceto a linha 5, que vai do Largo 13 ao Capão Redondo. A maior parte da programação é gratuita e contemplará todas as regiões da capital paulista. Mas, as atrações da noite e da madrugada, ficarão concentradas no centro.
Alguns cinemas, como o Reserva Cultural, HSBC e Cinesesc, além da Cinemateca, também terão sessões durante a madrugada do dia 20 para o dia 21 de maio. O Mercado Mundo Mix terá uma versão especial na Praça do Patriarca, a partir das 18h de sábado.
Museus e outros espaços da secretaria estadual de Cultura (como a Casa das Rosas, na Avenida Paulista), além das unidades do Sesc e parques da cidade, também terão programação especial durante a Virada. O Museu da Língua Portuguesa, por exemplo, ficará aberto até meia noite de sábado e, no domingo, das 10h às 18h. Os 21 CEUs terão apresentações de circo pela manhã e à tarde no domingo.
A SPTuris afirma que além da presença de policiais e guardas civis, foram contratados 800 seguranças privados.
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