Biografia
Sucessos e polêmicas de Michael Jackson
A carreira do rei do pop Michael Jackson foi marcada por fama, sucesso e escândalos. Desde a infância, quando conheceu o estrelato com os irmãos no grupo The Jackson 5, o artista virou o queridinho dos norte-americanos. Após uma adolescência conturbada, Jackson surpreendeu o mundo com o lançamento de Thriller, álbum que vendeu mais de 50 milhões de cópias internacionalmente. Leia matéria completa
Discografia
Astro gravou último álbum com músicas inéditas em 2001.
Got To Be There (1972)
O disco, com dez músicas, marcou o primeiro registro da carreira solo do músico então conhecido por liderar os irmãos no grupo Jackson 5.
Ben (1972)
Trata-se do segundo álbum solo de Jackson. O disco, com 11 músicas, foi lançado em agosto de 1972, sete meses depois de sua estreia solo com Got to Be There. O cantor deu preferência às baladas, gênero raro nas músicas dos Jackson 5.
Music and Me (1973)
Music and Me, lançado em abril de 1973, tem dez músicas e foi o terceiro álbum solo de Michael Jackson, lançado oito meses depois de Ben.
Forever, Michael (1975)
Apesar de se tratar do melhor álbum da primeira fase de sua carreira solo, esse quarto disco ainda estava longe da inovação provocada pelo quinto e próximo disco, Off the Wall.
Off the Wall (1979)
Dessa vez, Jackson deu uma pausa de quatro anos para só então lançar o primeiro fenômeno de vendas de sua carreira. Off the Wall é o primeiro álbum gravado pelo cantor em idade adulta. Ele misturou disco e rhythm and blues para surpreender público e crítica.
O resultado foi o topo das paradas e 11 milhões de cópias vendidas.
Thriller (1982)
Thriller é um verdadeiro marco na história da indústria fonográfica
Lançado pela Epic em 1982, vendeu mais de 100 milhões de cópias pelo mundo até hoje.
Das nove faixas, três alcançaram o topo das paradas: "The Girl is Mine", "Billie Jean" e "Beat It".
Jackson também investiu nos videoclipes, realizando verdadeiras superproduções, como o da faixa título, em que ele contracena com atores fantasiados de zumbis.
Bad (1987)
A crítica torceu o nariz ao considerar o disco pouco ousado na comparação com os dois trabalhos anteriores. Apesar disso, ele foi muito bem recebido pelo público, que comprou 26 milhões de cópias. Ele ficou no topo das paradas em 25 países.
Dangerous (1991)
Dangerous é o primeiro álbum lançado por Michael Jackson na década de 90. O cantor surpreende novamente ao vender mais de 30 milhões cópias até hoje.
HIStory: Past, Present and Future Book I (1995)
Álbum duplo lançado por Jackson, com trinta canções. No primeiro disco (HIStory Begins), há uma seleção de sucessos remasterizados.
Já o segundo (HIStory Continues) tem a primeira leva de músicas inéditas desde Dangerous.
Invincible (2001)
Invincible reúne dezesseis canções inéditas. O racha do cantor com a Sony resultou em uma fraca divulgação e oito milhões de discos vendidos, seu pior desempenho desde Off the Wall.
Vídeos
Michael Jackson mudou o mundo da música com seus vídeo clipes. Confira alguns dos principais sucessos da carreira do rei do pop no canal oficial do artista no YouTube:
Assista ao making off de Thriller - Parte 1
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Michael Jackson teve desavenças com muita gente quando estava vivo, mas talvez ninguém mais importante do que Jacqueline Kennedy Onassis.
A ex-primeira dama, como editora da Doubleday Books, garantiu um disputado acordo para que a estrela do pop escrevesse um livro em 1984, quando ele ainda era campeão de vendas com seu álbum Thriller, lançado dois anos antes.
"Ela era a única pessoa nos Estados Unidos que conseguia trazê-lo ao telefone", disse Stephen Davis, o "autor-fantasma" de "Moon Walk", em recente entrevista à Reuters.
De acordo com uma reportagem da revista People na época, Onassis pagou a Jackson um adiantamento de US$300 mil. Davis recebeu o que ele chamou de "um generoso pagamento fixo" pelo livro.
Lançado em 1988, ganhou o primeiro lugar na lista de best-sellers do New York Times e esgotou rapidamente a primeira edição de quase 500 mil cópias, lembra ele. O próximo passo lógico seria lançar novas edições e depois lançar uma versão de bolso. Mas Jackson, que tinha controle total do projeto, vetou ambos os planos--deixando Onassis muito irritada.
As relações entre os dois ícones culturais já sofriam desde que Jackson ameaçou bloquear a publicação do livro caso Onassis não escrevesse uma introdução sentimental.
Onassis era muito cuidadosa com sua vida particular e não queria seu nome em nenhum livro que havia editado. Contudo, ela fez uma exceção, ainda que relutante, e escreveu uma sinopse de três parágrafos.
O grande "furo" do publicação foi a acusação de Jackson de que seu pai o batia. Jackson também contou como ele e seus irmãos tinham de se apertar em duas camas de hotel em suas turnês quando crianças: "E até hoje, é assim que mais gosto de dormir."
Vídeos de ensaios da turnê
A AEG, empresa que organizava o retorno de Michael Jackson aos palcos, divulgou imagens dos ensaios para os shows (assista ao vídeo). O vídeo mostra os dançarinos se preparando para a turnê 'This is it', que seria realizada em Londres. Michael Jackson aparece cumprimentando a equipe.
As imagens são de abril deste ano e poderão integrar um DVD do músico. Foram gravadas em um teatro de Los Angeles, na Califórnia. Michael Jackson aparece em vários momentos, em várias cenas, acompanhando os ensaios da plateia, cumprimentando os bailarinos.
O produtor do show revelou que um dia antes de morrer, o astro disse que se sentia totalmente preparado para enfrentar a maratona de shows, no teatro Arena 2, em Londres. Desmentiu que o cantor estaria inseguro e frágil para subir ao palco. Revelou que ele estava confiante e animado e acha que o show teria sido o melhor da carreira de Michael Jackson.
Na última segunda-feira (26), a empresa havia divulgado fotos do cantor ensaiando dois dias antes da morte.
Testamento
Os detalhes sobre o testamento de Michael Jackson começaram a vir à tona na quarta-feira, com seu patrimônio multimilionário sendo depositado em um fundo familiar, enquanto os planos para seu funeral ansiosamente aguardado permanecem vagos.
Assinado em 2002, o testamento estima seu patrimônio naquela época em mais de 500 milhões de dólares e foi registrado numa corte de Los Angeles. Nele, Jackson deixa seu patrimônio inteiro para o Fundo Familiar Michael Jackson, que em última análise beneficia seus três filhos, sua mãe e organizações de caridade não identificadas.
A mãe de Jackson, Katherine Jackson, 79 anos, é indicada para ser a guardiã dos três filhos do cantor, Prince Michael I, 12 anos, Paris Michael Katherine, 11, e Prince Michael II, 7, e, no caso de Katherine ser incapaz ou não desejar a guarda das crianças, Jackson nomeou como guardiã delas sua amiga, a popstar Diana Ross.
O documento de cinco páginas diz: "deixei intencionalmente de legar bens a minha ex-esposa, Deborah Rowe Jackson".
O testamento nomeia como co-executores o advogado John Branca, de Los Angeles, que prestou assessoria jurídica a Jackson por muito tempo, e os executivos da indústria musical John McClain e Barry Siegel, este contador, mas Siegel renunciou a ser co-executor em 2003, deixando a administração do testamento a cargo de Branca e McClain.
O popstar cujo disco "Thriller", de 1982, é o álbum mais vendido de todos os tempos, deixou um patrimônio que inclui uma participação no catálogo musical dos Beatles e sua própria companhia musical, dona dos direitos sobre parte de sua música.
Consta que ele teria dívidas de até 500 milhões de dólares quando morreu, mas que seus bens valeriam até 1 bilhão de dólares. Esse valor pode aumentar com o tempo se sua popularidade crescer após sua morte, como aconteceu com outros artistas, como Elvis Presley.
Jackson sofria de insônia
Atormentado por uma insônia persistente, o cantor Michael Jackson implorou pela prescrição de sedativos, apesar dos avisos de que eles poderiam ser prejudiciais à sua saúde, relata a enfermeira Cherilyn Lee, em entrevista à agência de notícias Associated Press (AP). Ela trabalhou com o astro durante sua preparação para sua volta aos palcos.
Cherilyn Lee, que também é especializada em aconselhamento nutricional, relata que, repetidamente, rejeitou os pedidos de Jackson pela droga Diprivan, que é administrada por via intravenosa.
Quatro dias antes da morte do popstar, a enfermeira conta que recebeu um telefonema de um integrante da equipe do cantor, e teve receio de que ele tivesse consumido Diprivan ou outra droga para induzir o sono.
"Ele estava muito nervoso e disse: Michael precisa vê-la imediatamente. Eu perguntei, o que há de errado?. E podia ouvir Michael ao fundo dizendo, um lado do meu corpo está quente o outro está frio", relata. "Eu, então, falei: diga a ele que é preciso ir para um hospital. Não sei o que está acontecendo, mas ele precisa ir para um hospital logo".
"Naquele momento, eu sabia que alguém tinha dado a ele algo que atingiu o sistema nervoso central", afirma. "Ele estava mal, chorava".
Jackson não foi ao hospital, e morreu quatro dias depois. Necropsias foram realizadas, mas a causa da morte ainda não foi revelada.
Guarda dos filhos
Na segunda-feira (29), a Justiça da cidade concedeu à mãe de Michael Jackson, Katherine, a tutela temporária das três crianças: Prince Michael I, de 12 anos, Paris Michael Katherine Jackson, de 11 anos, e Prince Michael II, de sete anos. Ela pede agora a guarda permanente das crianças.
Além de solicitar a guarda dos netos, a mãe do cantor também teria entrado com pedido para assumir o patrimônio das crianças, de valor ainda desconhecido.
A babá das crianças, Gracie Rwaramba, umas das pessoas mais ligadas aos três filhos de Jackson também pode decidir disputar a guarda dos três filhos de Jackson. Em entrevista publicada neste domingo (28), ela se mostrou preocupada com as crianças, das quais cuidou desde o nascimento. Não afirmou, no entanto, se entraria na disputa por elas.
Causa da morte
Também nesta segunda-feira, o tabloide "The Sun" antecipou informações sobre a primeira autópsia no corpo do cantor, realizada pela polícia. De acordo com o jornal inglês, o astro tinha comprimidos parcialmente dissolvidos em seu estômago. Médicos legistas consideraram o corpo de Michael, que estava pesando apenas 51 quilos, muito deteriorado e chegaram à conclusão de que o músico não havia comido na última quinta-feira, dia de sua morte. Por causa das tentativas de reanimá-lo, o cantor teve várias costelas fraturadas. Também foram encontrados quatro furos de seringa perto do coração, que teria sido usada para a aplicação de adrenalina. De acordo com o "The Sun", Michael estava começando a ficar calvo e, por isso, usava uma peruca.
Os legistas também encontraram hematomas nos joelhos e nas tíbias do cantor, o que poderiam ser sequelas de quedas recentes. O corpo do Rei do Pop também estava repleto de cicatrizes de pelo menos 13 cirurgias plásticas que ele teria feito.
"A família e os seguidores de Michael se horrorizaram quando se deram conta do péssimo estado em que se encontrava", declarou ao tabloide britânico uma fonte próxima ao astro.
O médico Conrad Murray foi quem encontrou o cantor desacordado em sua cama, na quinta-feira, e ainda com pulso, apesar de não estar mais respirando. Foi por isso que o médico tentou reanimá-lo, enquanto esperava paramédicos acionados através do telefone de emergência 911 (ouça a gravação do chamado). De acordo com o advogado do Dr. Murray, Edward Chernoff, as alegações de que ele teria injetado no cantor analgésico como o Demerol ou Oxycontin não procedem. Ao "Los Angeles Times", o criminalista afirmou que as especulações sobre a injeção da substância são "absolutamente falsas".
Após três horas de depoimento à Polícia de Los Angeles no sábado, Conrad Murray divulgou nota, por meio de um porta-voz, informando que não é suspeito, mas testemunha da tragédia.
"This is it"
Filmagens dos últimos ensaios de Michael Jackson para a turnê "This is it", que começaria em julho na O2 Arena, em Londres, podem dar origem a um CD e um DVD ao vivo, de acordo com a agência promotora AEG Live.
Segundo a MTV americana, o último ensaio do rei do pop no Staples Center, em Los Angeles - um dia antes de morrer de parada cardiorrespiratória na quinta-feira (25) - foi gravado com qualidade suficiente para ser lançado como um disco póstumo do astro.
As gravações foram feitas a partir de um acordo da AEG Live com Michael Jackson. O trato incluía lançar um disco e um DVD com imagens ao vivo do cantor apresentando seus maiores sucessos. Se os rumores se concretizarem, as gravações podem ajudar a produtora dos shows a recuperar o dinheiro perdido com a morte do popstar.
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