Internet
Morte de Michael Jackson derruba Google e outros sites
A notícia da morte de Michael Jackson, por volta das 19 horas (horário de Brasília) de quinta-feira (25), causou uma pane emergencial no Google. Com a curiosidade gerada sobre o rei do pop, milhares de pessoas digitaram as palavras "Michael Jackson" na busca do site ao mesmo tempo. O sistema operacional da rede reconheceu o fato como um ataque cibernético, "um vírus", definiu Bernardo Costa, diretor multimídia da agência curitibana Go2nPlay Studios, especializada em internet. Leia matéria completa
Discografia
Astro gravou último álbum com músicas inéditas em 2001.
Got To Be There (1972)
O disco, com dez músicas, marcou o primeiro registro da carreira solo do músico então conhecido por liderar os irmãos no grupo Jackson 5.
Ben (1972)
Trata-se do segundo álbum solo de Jackson. O disco, com 11 músicas, foi lançado em agosto de 1972, sete meses depois de sua estreia solo com Got to Be There. O cantor deu preferência às baladas, gênero raro nas músicas dos Jackson 5.
Music and Me (1973)
Music and Me, lançado em abril de 1973, tem dez músicas e foi o terceiro álbum solo de Michael Jackson, lançado oito meses depois de Ben.
Forever, Michael (1975)
Apesar de se tratar do melhor álbum da primeira fase de sua carreira solo, esse quarto disco ainda estava longe da inovação provocada pelo quinto e próximo disco, Off the Wall.
Off the Wall (1979)
Dessa vez, Jackson deu uma pausa de quatro anos para só então lançar o primeiro fenômeno de vendas de sua carreira. Off the Wall é o primeiro álbum gravado pelo cantor em idade adulta. Ele misturou disco e rhythm and blues para surpreender público e crítica.
O resultado foi o topo das paradas e 11 milhões de cópias vendidas.
Thriller (1982)
Thriller é um verdadeiro marco na história da indústria fonográfica
Lançado pela Epic em 1982, vendeu mais de 100 milhões de cópias pelo mundo até hoje.
Das nove faixas, três alcançaram o topo das paradas: "The Girl is Mine", "Billie Jean" e "Beat It".
Jackson também investiu nos videoclipes, realizando verdadeiras superproduções, como o da faixa título, em que ele contracena com atores fantasiados de zumbis.
Bad (1987)
A crítica torceu o nariz ao considerar o disco pouco ousado na comparação com os dois trabalhos anteriores. Apesar disso, ele foi muito bem recebido pelo público, que comprou 26 milhões de cópias. Ele ficou no topo das paradas em 25 países.
Dangerous (1991)
Dangerous é o primeiro álbum lançado por Michael Jackson na década de 90. O cantor surpreende novamente ao vender mais de 30 milhões cópias até hoje.
HIStory: Past, Present and Future Book I (1995)
Álbum duplo lançado por Jackson, com trinta canções. No primeiro disco (HIStory Begins), há uma seleção de sucessos remasterizados.
Já o segundo (HIStory Continues) tem a primeira leva de músicas inéditas desde Dangerous.
Invincible (2001)
Invincible reúne dezesseis canções inéditas. O racha do cantor com a Sony resultou em uma fraca divulgação e oito milhões de discos vendidos, seu pior desempenho desde Off the Wall.
Vídeos
Michael Jackson mudou o mundo da música com seus vídeo clipes. Confira alguns dos principais sucessos da carreira do rei do pop no canal oficial do artista no YouTube:
Assista ao making off de Thriller - Parte 1
Repercussão no Paraná
Biografia
Sucessos e polêmicas de Michael Jackson
A carreira do rei do pop Michael Jackson foi marcada por fama, sucesso e escândalos. Desde a infância, quando conheceu o estrelato com os irmãos no grupo The Jackson 5, o artista virou o queridinho dos norte-americanos. Após uma adolescência conturbada, Jackson surpreendeu o mundo com o lançamento de Thriller, álbum que vendeu mais de 50 milhões de cópias internacionalmente. Leia matéria completa
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Grace Rwaramba, 42 anos, babá dos filhos de Michael Jackson e funcionária do cantor há 17 anos primeiro em seu escritório e depois cuidando das três crianças , deu entrevista a Daphne Barak, publicada neste domingo no "The Times of London".
Jackson havia recentemente demitido a babá, que diz ter criado os três filhos do astro desde o primeiro dia de vida de cada um deles. Na entrevista, ela falou sobre o vício em medicamentos do cantor, e afirma ter recebido uma ligação da mãe dele, no dia seguinte de sua morte, perguntando sobre onde estaria escondido o dinheiro que Jackson tinha guardado.
O "rei do pop", o cantor Michael Jackson, morreu nesta quinta-feira (25), em Los Angeles, no estado americano da Califórnia, após ser socorrido e levado a um hospital com uma parada cardíaca. Ele tinha 50 anos e estava preparando uma última temporada de shows.
Morte de Jackson
Grace estava em Londres quando soube da morte do ex-patrão, e teria passado as 24 horas seguintes tentando contatar as crianças, Prince Michael Primeiro, de 12 anos, Paris Michael, de 11 anos, e Prince Michael Segundo, de 7 anos, apelidado de Blanket que, segundo ela, a consideram como mãe.
Na manhã de sexta-feira (26), dia seguinte à morte de Jackson, a mãe do cantor, Katherine, teria telefonado à babá perguntando sobre onde estaria escondido o dinheiro de Jackson. "Grace, as crianças estão chorando. Estão perguntando de você. Não conseguem acreditar que o pai morreu. Grace, você se lembra que Michael costumava esconder dinheiro em casa. Estou aqui, onde pode estar?".
A babá afirma: "Eu disse a ela que olhasse nos sacos de lixo e debaixo dos tapetes. Mas, você pode acreditar nisso? Essa mulher perdeu o filho há apenas algumas horas e me liga para saber onde está o dinheiro! Pedi para falar com as crianças, ela me disse que elas estavam dormindo. Mas tinha acabado de dizer que elas estavam chorando! Ela não me deixou falar com elas".
Notícias de sábado (27) davam conta de que Grace estaria na casa da família Jackson com os três filhos do ex-patrão, mas não há confirmação se de fato isso ocorreu.
Vício em medicamentos
A babá afirmou que o cantor era viciado em remédios e que teve de massagear sua barriga por diversas vezes depois de ele ter ingerido muitos medicamentos. Falou também de seu estado sujo e desleixado nos últimos momentos de vida. Grace testemunhava o abuso de drogas por Jackson, e diz que ele tomava uma mistura de medicamentos.
Em suas palavras, "ele sempre comia muito pouco e misturava demais. Tive que massagear seu estômago muitas vezes, porque ele sempre misturava muito. Houve um período em que ele ficou tão mal que eu não deixava as crianças vê-lo."
Ela afirmou ainda que Jackson teria ficado furioso por ela ter chamado sua mãe e a irmã Janet para ajudar. "Tentamos fazer uma intervenção. Ele ficou tão bravo comigo. Gritava: "Você traiu minha confiança, você as chamou nas minhas costas". E essa foi uma das vezes em que ele me demitiu."
Relação com os filhos
Grace voltou, foi demitida novamente há algumas semanas e vinha sofrendo com a distância dos filhos de Jackson. "Eu carreguei essas crianças em meus braços desde o dia em que nasceram, são meus bebês", afirmou na entrevista. Ela contou que o cantor não a deixava ver os três, independentemente de todos os seus apelos. "Escrevi, mas ele não respondeu. Mudou todos os telefones. E vinha recebendo telefonemas de que as crianças estavam sendo negligenciadas. Ninguém estava limpando os quartos, porque ele não pagava os empregados. Recebi outra ligação dizendo que Michael estava péssimo, sujo, que não se barbeava nem cortava as unhas. Que não estava comendo. Eu costumava ajudá-lo com tudo isso."
"Eu amo meus bebês e sinto falta deles. Eu costumava abraçá-los e rir com eles. Mas quando Michael estava por perto, eles gelavam. Ele não gostava que eu os abraçasse, mas eles precisavam de amor. Eu sou a única mãe que eles puderam conhecer."
Ela descreve Prince como "muito esperto" e disse que Blanket, o caçula, preparou a ela um show, um dia antes da demissão. "Ele era tão fofo, cantando para mim "Billie Jean" e outras canções de seu pai. Estávamos nos divertindo tanto e, de repente, Michael entrou. Blanket imediatamente parou. As crianças pareciam assustadas, Michael estava tão bravo! Eu sabia que ele me demitiria. Sempre que percebia que as crianças estavam muito apegadas a mim, ele me mandava embora"
De acordo com a babá, as crianças não gostavam das máscaras que o pai as obrigava a usar em público e, sempre que conseguia, perdia-as ou esquecia de levá-las para as viagens.
Jackson levava as três crianças por toda parte, mas estava totalmente sem dinheiro. "No aniversário de Paris, em abril, eu queria comprar bexigas, coisas para fazer uma festa de aniversário. Não havia dinheiro na casa. Coloquei tudo no meu cartão de crédito pessoal. Trouxe pessoas para limpar o quarto das crianças, que precisava de uma faxina. Ele não estava pagando ninguém."
Dinheiro
Grace contou que Jackson não sabia lidar com dinheiro e que costumava gastar tudo o que recebia. Após seu julgamento, em 2005, ele teria começado a receber remessas de dinheiro do xeque Abdullah, filho do rei de Bahrein, às vezes pela conta bancária da babá. Ela conta que recebeu depósitos de US$ 1 milhão e depois mais US$ 35 mil. Michael teria pedido que Grace desse seu cartão à mãe, Katherine, para que ela pudesse sacar dinheiro o que, de acordo com a babá, ela fez todos os dias.
Ano passado, Abdullah processou Jackson por não ter cumprido um contrato de 4,7 milhões de libras por ele não ter gravado um disco e lançado uma biografia, que pagariam-no de volta todo esse dinheiro "investido".
"Quando vivemos em Bahrein, não tínhamos nenhum tostão. Tudo era pago por Abdullah. E Michael deve tanto dinheiro às pessoas", afirma a babá. Segundo ela, quando o cantor recebia algum dinheiro, ao invés de comprar uma pequena casa para viver, ao invés de ficar rodando de hotel em hotel, ele gastava. "Uma vez me mandou ir a Florença para gastar um milhão de libras em antiguidades. Paguei a passagem com meu cartão de crédito, quando cheguei lá e vi que as antiguidades não valiam nada, liguei para ele, que, mesmo assim, me mandou comprá-las. Não tínhamos nem casa para pôr as antiguidades."
Grace alega que não era paga pelo rei do pop desde outubro de 2008, e que ele não havia nem mesmo pago as despesas de seu plano de saúde ela sofre de lúpus, doença que afeta o sistema imunológico.
Ela conta, ainda, que o ex-chefe costumava assinar contratos sem saber exatamente do que se tratava e que, ao se comprometer com a AEG Live, não tinha consciência de que havia fechado 50 apresentações. "Cinquenta shows? O que você está fazendo?", ela teria questionado. "Eu assinei por apenas dez", ele teria respondido. "Ele não sabia nem o que tinha assinado. Ele nunca sabia."
Investigações
A família de Michael Jackson quer uma autópsia independente para determinar a causa da morte do Rei do Pop, de acordo com Reverendo Jesse Jackson. Parentes manifestaram esse desejo a Jesse Jackson, durante o período em que passaram juntos esses dois últimos dias, informou o pastor, em entrevista concedida à agência Associated Press. Ele disse que há perguntas sem respostas em relação à morte, incluindo dúvidas sobre o papel do cardiologista pessoal do astro, que estava com Michael Jackson quando ele morreu. A autópsia do corpo do cantor foi realizada pelo Instituto Médico Legal (IML) de Los Angeles na sexta-feira (26), mas as descobertas sobre o motivo da morte ainda dependem da confirmação de testes, o que demorará mais de um mês.
O corpo de Michael Jackson foi liberado para a família na noite de sexta-feira. Jesse Jackson não informou se a autópsia independente foi marcada. O médico Deepak Chopra afirmou, mais cedo, que ele vinha preocupado com o uso abusivo de analgésicos prescritos por Michael Jackson desde 2005 e que conversou com o pop star sobre o uso de drogas suspeitas seis meses atrás. Chopra declarou que Jackson, um amigo de longa data, pediu analgésicos para ele em 2005, quando o astro hospedou-se em sua casa após o julgamento por acusações de abuso sexual. Ele disse que se recusou a dar os analgésicos, mas acrescentou que a babá dos filhos de Jackson havia, em sucessivas ocasiões, ligado para ele para falar sobre o uso de remédios por Jackson.
A necrópsia que durou cerca de três horas não detectou "traumas externos" ou "circustâncias suspeitas" (de crime) no corpo do cantor Michael Jackson.
Em entrevista a jornalistas no final da tarde de sexta-feira (26) (horário de Brasília), Craig Harvey, porta-voz do Instituto Médico Legal de Los Angeles afirmou que "levará de quatro a seis semanas" para "fechar o caso e definir uma causa final da morte".
O prazo é o tempo necessário para que sejam colhidos resultados dos testes toxicológicos adicionais.
Confira a cobertura completa da morte de Michael Jackson
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