Educação

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Com o número de crianças e jovens caindo ao longo do tempo, o país terá automaticamente um aumento no gasto per capita em educação. Isso vai ocorrer porque os recursos, mesmo que estáveis em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), serão divididos por um número menor de alunos nas escolas. A tendência, portanto, é que os professores recebam salários e qualificação melhores. Haverá escolas públicas mais bem equipadas e maior investimento em material didático.

Trabalho

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O efeito da transição demográfica sobre o mundo do trabalho vem em dois estágios. Primeiro, o fato de a maior parte da população estar em idade ativa deve segurar os salários. Esse efeito depende da educação: quanto melhor e mais abrangente ela for, mais igualdade haverá na renda. No longo prazo, o envelhecimento da população vai exigir ganhos de produtividade, que devem se refletir em renda maior.

Criminalidade

É fato que a criminalidade é maior entre jovens. Por isso, é possível que a queda na natalidade leve a uma redução nas taxas relativas de violência no país. O economista Naercio Aquino Menezes Filho estima que essa tendência será notada a partir de 2027.

Previdência

Com a maior parte da população em idade ativa, a Previdência terá algumas décadas de respiro em suas contas. Antes da crise, o governo previa que seu déficit seria zerado a partir de 2010 – o que pode demorar mais com a piora no mercado de trabalho. Os anos de equilíbrio nas contas previdenciárias devem ser aproveitados para um ajuste de longo prazo nos gastos públicos e para a formação de uma poupança para a próxima geração de aposentados.

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Saúde

O governo terá de mudar ao longo das próximas décadas o foco dos gastos em saúde. Ao invés de pediatras, terá de contratar mais geriatras. Como o custo para tratamentos de idosos é maior, o sistema de saúde pública terá de ser preparado para investir mais em prevenção e, depois, em um modelo sustentável de atendimento ao idoso.

Fecundidade

Não é cedo para imaginar que o país passe a ter políticas de estímulo à maternidade nas próximas décadas, como ocorre no Japão e na Europa. Será uma das alternativas ao envelhecimento da população.

Imigração

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Em um cenário de crescimento econômico forte nas próximas décadas, o Brasil teria de abrir suas fronteiras para a entrada de mais imigrantes para reforçar o mercado de trabalho quando sua população começar a encolher. (GO)