O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região segue a semana de manifestações pela campanha salarial e promove nesta quarta-feira (24) uma concentração em frente à agência da Caixa Econômica Federal do Centro de São José dos Pinhais, na região metropolitana. Apesar disso, desta vez não há paralisação nas atividades, como ocorreu no início da semana, e as operações podem ser feitas normalmente no banco, segundo Sônia Boz, diretora do sindicato.

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De acordo com Sônia, cerca de 80 manifestantes estão no local, onde distribuem panfletos para clientes sobre as reivindicações da categoria. "Escolhemos essa agência porque houve um assalto recentemente por aqui", conta Sônia. Um dos motivos dos protestos dos bancários é a falta de segurança nos locais de trabalho.

Uma faixa com os dizeres "porta do inferno" cobre a entrada do banco. O mesmo adereço foi utilizado na terça-feira (23) na agência HSBC Palácio Avenida, na Avenida Luiz Xavier, m Curitiba, e nas últimas semanas na agência do Banco do Brasil do Seminário, duas vezes na agência do Unibanco na esquina das Marechais, e no HSBC do Alto da XV.

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Por volta das 12h30, o grupo pretende se dirigir à Central de Atendimento do Banco do Brasil de São José dos Pinhais, para realizar a mesma forma de protesto que acontece na Caixa durante a manhã. "A manifestação prossegue até às 16h", afirma Sônia.

Protestos

Na terça-feira (23), 21 agências do Centro de Curitiba tiveram o início do expediente atrasado pelo sindicato, que repetiu o comportamento de segunda-feira (22), quando 12 agências tiveram a abertura retardada no bairro Portão. "Infelizmente, os bancos só conhecem esta forma de tratamento: pressão e intransigência. É desta forma que agem conosco nos bancos e desta forma que nos obrigam a agir durante a Campanha Salarial", afirmou, em nota, Otávio Dias, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região.

Reivindicações

O sindicato reclama do que considera retrocesso nas negociações da campanha salarial, que acontecem desde a semana passada entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), entidade de congrega os sindicatos dos bancários.

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"Os banqueiros querem diminuir o auxílio-creche, a estabilidade pré-aposentadoria e o vale-transporte, direitos garantidos na Convenção Coletiva de Trabalho", diz nota do sindicato.

Além disso, os bancários pedem um reajuste salarial de 13,23% (5% de aumento real mais a reposição da inflação); participação nos lucros, com pagamento de três salários do trabalhador mais R$ 3,5 mil fixos; aumento progressivo em três anos do piso salarial, que passaria dos atuais R$ 983 para R$ 2.072 – valor foi estipulado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese); aumento nas contratações; e mais plano de cargos e salários em todos os bancos.

Nesta quarta-feira, o sindicato receberá a proposta da Fenaban. Segundo Sônia, uma assembléia está marcada para a sexta-feira (26), para decidir que rumo a revolta dos trabalhadores tomará.

A Fenaban informou que está em processo de negociação, sem um acordo definido, e que, portanto, não compreende a manifestação dos bancários. Todos os pontos reivindicados pela categoria, segundo a entidade, estão incluídos nas propostas.

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